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Aula sobre enchentes com trabalho de campo

Uma aula sobre enchentes pode ter melhores resultados se for realizado um trabalho de campo apresentando as causas do problema.
As enchentes podem ser compreendidas pelos estudantes através de um trabalho de campo
As enchentes podem ser compreendidas pelos estudantes através de um trabalho de campo
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Determinados temas a serem trabalhados em sala de aula são mais bem compreendidos quando os estudantes visualizam os fenômenos. Às vezes, o uso de imagens em projeções na sala de aula pode ajudar, mas em alguns casos, a compreensão por parte dos alunos é melhor quando eles acompanham diretamente o acontecimento.

Assim sendo, em uma aula sobre enchentes, uma boa sugestão é a realização de um trabalho de campo sobre o tema. É claro que o objetivo não é levar os estudantes para uma área de inundação, mas fazer um trabalho de campo sobre as causas das enchentes, ou seja, os problemas que levam uma cidade a sofrer com as inundações.

1ª Etapa – Abordar os conhecimentos prévios em sala de aula

Em um primeiro momento, o professor deverá trabalhar a questão das enchentes em sala de aula, o que pode levar uma ou duas aulas. Para isso, recomendamos que seja trabalhado o texto O problema das enchentes” (é só acessar o link). Faça uma aula expositiva introdutória com o acompanhamento do texto e das imagens por ele fornecidas pelos alunos, dando ênfase nas causas antrópicas das inundações urbanas.

Prepare os alunos para o trabalho de campo a ser realizado na aula seguinte com o melhor tipo de vestimenta, além da necessidade de levarem água e uma câmera fotográfica para registrar todos os momentos estudados durante a atividade.

2º Etapa – Trabalho de campo: primeira parada

Em um ônibus que deverá ser fornecido pela instituição de ensino – dependendo da região onde a escola se encontra, o deslocamento poderá ser feito a pé –, o professor levará os alunos para uma área de um rio degradado em perímetro urbano. No espaço das cidades, sobretudo das grandes cidades, não é difícil encontrar um lugar assim.


Exemplo de um rio urbano degradado pela erosão e pelo lixo

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Com isso, deve-se explicar que a remoção das matas existentes nas margens intensifica o processo de erosão e assoreamento e pode alargar as margens do rio. Além disso, o aumento de sedimentos e de lixo no leito do rio faz com que o volume da água aumente, o que amplia os riscos de inundações.

3ª Etapa – Trabalho de campo: segunda parada

Leve agora os alunos para uma área urbanizada que conte com pavimentação asfáltica. Tome o cuidado de escolher um local não muito movimentado e que conte com calçadas largas para evitar a perda de alunos pela cidade ou acidentes com atropelamentos nas ruas. Em seguida, desloque-se com a turma pelas ruas e peça para que os estudantes imaginem o deslocamento da água naquela superfície. Para onde a água vai?

Investigue com os estudantes a situação das “bocas de lobo” ou das obras destinadas à contenção das enxurradas no período de chuvas. Se esses locais estiverem obstruídos, o risco de enchentes ou transtornos durante o período chuvoso eleva-se. Peça para que os alunos observem também a quantidade de lixo existente nas calçadas, ruas e avenidas e explique como o excesso deles pode intensificar o problema.

4ª Etapa – Conclusão, avaliação e produção de cartazes

Por fim, em uma nova aula, realize um debate conclusivo sobre o que foi visualizado no trabalho de campo, retomando os problemas e questões abordados na primeira aula. Em seguida, peça para os alunos que façam um relatório de caráter avaliativo sobre o trabalho de campo que contenha as imagens fotografadas. Além disso, peça para os alunos também elaborarem cartazes utilizando as mesmas figuras com caráter conscientizador sobre como evitar as enchentes e também explicativo, no sentido de elucidar como elas ocorrem. As atividades podem ser realizadas em grupo. 


Por Me. Rodolfo Alves Pena