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Comparando as cidades

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A simples observação das cidades é fonte de conhecimento da História.

O meio urbano, retomando o conceito trabalhado pela Geografia, é reconhecidamente compreendido como um espaço marcado pela intervenção humana. Partindo para um viés de compreensão histórica, podemos enxergar nas cidades um lugar marcado pela transformação do comportamento, valores e preocupações dos grupos humanos que, gerações após gerações, vivem nesse tipo de espaço. Dessa maneira, podemos compreender que olhar para a cidade é compreender a história de seus indivíduos.

Deslocando essa percepção para a sala de aula, o professor pode problematizar a historicidade dos núcleos urbanos do Brasil propondo uma interessante comparação entre as cidades coloniais e as cidades planejadas construídas a partir do século XX. Nesse tipo de atividade, é possível mostrar como as necessidades e padrões de uma época são distintos e não podem ser erroneamente julgadas com o uso de um olhar preconceituoso e simplista.

Para tanto, indicamos a realização de uma atividade descritiva onde, com o auxilio de um projetor de imagens, o professor exiba cidades coloniais e contemporâneas. Primeiramente, apresentando uma cidade construída na época da colonização, o professor pode oferecer um conjunto de questões a serem respondidas através da observação das imagens trabalhadas. Primeiramente, podemos expor algumas imagens da cidade de Ouro Preto (MG), que no século XVIII se tornou um núcleo da exploração aurífera.

IMAGEM 01 – Vista panorâmica de Ouro Preto.


IMAGEM 02 – Ruas de Ouro Preto.


Demonstrando essa imagem, o professor deve questionar aos seus alunos qual seria o traçado da cidade, fazendo com que a sala perceba as linhas tortuosas das ruas estreitas e o terreno acidentado onde a cidade foi construída. Colhendo tais informações da turma, o professor pode explicar porque a cidade teria esse tipo de característica ao assinalar que a lógica de exploração dos portugueses colocava o conforto subordinado aos interesses econômicos, ao pragmatismo e o improviso que marcaram a história colonial.
Dessa forma, os alunos melhor compreenderiam por que os colonizadores tiveram o interesse de construir uma cidade em um terreno pouco favorável. Além disso, a estreiteza das ruas também pode salientar as características dos meios de transporte das ruas e as necessidades de locomoção da época. Nesse aspecto, o professor pode questionar quais tipos de meio de transporte melhor se adequavam àquele tipo de via terrestre.

Compreendendo as demandas que influenciaram a constituição do espaço urbano colonial, o professor pode – em um segundo momento – exibir as imagens de uma cidade planejada. Como sugestão, disponibilizamos algumas imagens da cidade de Rio Branco (AC), onde temos um caso de cidade planejada, com o objetivo de prever os processos de expansão de desenvolvimento da cidade. Nesse ponto, o professor deve destacar que as preocupações com o desenvolvimento das cidades se transformaram.

IMAGEM 03 – Vista panorâmica de Rio Branco.

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IMAGEM 04 – Ruas do centro de Rio Branco.


Nessa última situação, o professor deve salientar por meio do mesmo tipo de exercício proposto com as primeiras imagens, destacar as características do território escolhido – geralmente menos acidentado – para construção das cidades e o grande espaço destinado à construção de ruas mais largas. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de compreender como as demandas de uma época podem influenciar na transformação dos projetos urbanos.