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Consciência Histórica Genética

A Consciência Histórica Genética é responsável por dinamizar as posições em que o passado se imprime no presente.
A Consciência Histórica Genética dinamiza as posições do passado no presente
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Entre todos os tipos de consciência histórica investigadas por Jorn Rüsen, a consciência histórica genética se mostra como aquela que estabelece uma relação mais profunda entre o passado e o presente. Segundo o autor, a consciência histórica genética teria como interesse promover um intercâmbio dos elementos do passado que se fazem válidos para o agir, mas levando em consideração as transformações que o presente nos impõe para ordenar uma distinção e, até mesmo, um limite sobre a validade do vivido.

Quando pensamos geneticamente a história, não temos a intenção de estabelecer uma posição estática do passado no agora. A intensidade de seu peso se torna variável e impossível de ser composta por uma regra geral pela qual possamos fixar uma mesma rotina de uso para que as experiências do passado sejam válidas. Ao mesmo tempo, esse tipo de consciência tem a capacidade de observar criticamente os diversos tipos de consciência histórica que operam na forma de constituir sentido entre passado, presente e futuro.

Esse tipo de definição parece muito mais difícil de ser compreendida, tendo em vista que pretende irromper com as limitações das outras formas de consciência histórica. Buscando talvez superar esse primeiro estranhamento a esse tipo de relação genética com o tempo, podemos nos ater ao próprio uso dessa expressão das ciências biológicas. Na formação das características de um ser, podemos nos lembrar da singularidade que a interação da carga genética estabelece uma série de características únicas à vida gerada.

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Para o ensino de história, a consciência de natureza genética coloca-se como uma complexa meta a ser alcançada na transmissão dos conhecimentos que marcam a disciplina como um todo. Ainda hoje, a forma de muitos professores transmitirem determinados temas históricos estabelece relações de ordem tradicional e exemplar, o que acaba sendo um impeditivo pelo qual o conhecimento sobre o passado se aprofunde. Sendo assim, temos a formação da consciência histórica genética como meta para o ensino histórico.


Por Rainer Gonçalves Sousa
Colaborador Brasil Escola
Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG
Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG