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Dados no ensino de potências

Nossa sugestão de aula propõe o uso de dados no ensino de potências e de suas propriedades.
Dados construídos pelos alunos podem ser usados como ferramenta para o aprendizado
Dados construídos pelos alunos podem ser usados como ferramenta para o aprendizado
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O ensino de potências para os alunos do Ensino Fundamental nem sempre é uma tarefa fácil, pois sabemos que é um conteúdo mais abstrato do que prático. Dessa forma, é bom procurar um modo de despertar um maior interesse nos alunos.

Para tanto, proponha aos seus alunos que, em casa, cada um deles construa um dado (cubo). No lugar dos pontinhos para representar o número das faces do dado, proponha que os alunos utilizem expressões com potências.

Criar esse tipo de expressão fará com que os alunos desenvolvam o processo de simplificação de potências pelo caminho inverso, uma vez que será muito mais fácil para eles começar pelo número referente a uma face para chegar à expressão que querem utilizar.

Por exemplo, a face 2 pode ser representada pela expressão 28:2-7, pois:

2 = 21 = 28-7 = 28:2-7

Quando os dados estiverem prontos, proponha aos alunos um jogo de dados. Sugerimos o uso do jogo 21, proveniente do baralho.

As regras do jogo

1 – O jogo ocorre por rodadas e, em cada rodada, são lançados 4 dados para cada jogador;

2 – Um dos alunos presentes no grupo fica responsável por toda a organização do jogo e das apostas e será chamado de “banca”. A banca também joga dados com os mesmos objetivos dos jogadores, mas detém uma quantidade muito superior de fichas de aposta, pois joga contra todos;

3 – O objetivo de cada rodada é atingir a soma 21;

4 – Cada jogador é independente e joga contra a banca. Desse modo, se o jogador vence a rodada, a banca paga para ele o valor da aposta; se a banca vencer a rodada, o jogador entrega a ela o valor da aposta;

5 – Obtendo soma 21, o aluno vence a rodada e a banca deve entregar a ele o equivalente ao valor por ele apostado;

6 – Caso a banca obtenha a soma 21, então o jogador, mesmo também tendo obtido essa soma, perde a rodada e entrega à banca todo o valor da aposta;

7 – Caso ninguém obtenha soma 21, o jogador (ou a banca) que conseguir a maior aproximação vence a rodada;

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8 – A soma deve ser inferior a 21. Qualquer jogador (ou banca) que obtenha uma soma superior a 21 é automaticamente declarado perdedor da rodada.

9 – Ao se aproximar da soma 21, após o lançamento de 4 dados, o jogador pode optar por não lançar o próximo dado. Essa decisão depende exclusivamente do jogador.

A organização da atividade

1 – Forme grupos de 4 a 6 alunos. É bom utilizar essa quantidade de alunos em cada grupo para que a atividade seja dinâmica.

2 – É evidente que os alunos não apostarão objetos de valor ou dinheiro. Portanto, o professor deve preparar grãos ou fichas que farão esse papel. O aluno que ficará na banca deve receber um valor muito superior aos outros, pois apostará com cada um dos colegas separadamente.

3 – Como não são dados convencionais, os alunos deverão anotar as potências após o lançamento dos dados, realizar a simplificação de potências e somar os resultados a fim de observar se os objetivos do jogo foram cumpridos.

4 – É interessante que cada aluno leve seu próprio dado para o grupo, mas seja impedido de usá-lo, uma vez que pode ter decorado o valor de cada expressão envolvendo potências. Desse modo, em um grupo com 6 pessoas, cada aluno usará um dado diferente a cada rodada para que as expressões envolvendo potências não se repitam muitas vezes.

Avaliação da atividade

Para a avaliação, recolha todos os dados e as folhas utilizadas para registrar as expressões envolvendo potências. Além disso, utilize um registro próprio acerca da participação dos alunos na atividade em sala.

Os critérios de avaliação podem ser os seguintes:

1 – Expressões corretas nos dados;

2 – Somas corretas nas folhas dos alunos;

3 – A estética do dado, uma vez que um dado bonito pode ter demandado mais tempo e trabalho para ser feito;

4 – Registros de participação, cordialidade e competitividade realizados pelo professor.


Por Luiz Paulo Moreira
Graduado em Matemática