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Dia de prova

Provas não servem para avaliar os alunos, mas podem ser grandes aliadas na identificação de problemas de ensino.
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De modo geral, os educadores concordam que para progredir em qualquer área precisamos demonstrar de alguma forma que sabemos aquilo que deveríamos saber. É assim no campo da educação, no mercado de trabalho e em qualquer empreitada da vida. É também um senso comum que provas não servem para avaliar os alunos, isso porque no cotidiano todos consultam diversas fontes de pesquisa para resolver problemas que lhe parecem importantes. Mas quando é dia de prova de matemática, o aluno não pode usar calculadora, não deve consultar os livros, tampouco buscar informações na internet e muito menos conversar com os amigos.

Segundo Aline do Reis Matheus, professora no Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática da USP, aplicar provas não significa exatamente medir o que o aluno já sabe, e sim diagnosticar problemas no sistema de ensino, mas o professor tem medo de organizar uma prova diferente e virar alvo de seus colegas, do coordenador e diretor da escola, dos pais e dos próprios alunos. É preciso encontrar um meio de se aplicar provas mais parecidas com situações reais.

Lembre-se que ser exigente não significa tornar as coisas difíceis. Pode-se exigir muito conhecimento dos alunos facilitando algumas coisas. Tente focar no que realmente se espera que o aluno saiba sobre determinado assunto e utilize diversas ferramentas para auxiliar na aprendizagem. É sempre útil utilizar recursos computacionais para resolver problemas reais.

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Estimule o raciocínio lógico e a curiosidade. Passe aos alunos problemas que eles mesmos tenham interesse em resolver e não somente aqueles que são resolvidos por mera obrigação. Essas técnicas facilitam o dia a dia do professor e então quando for aplicar a prova, essa já não parecerá ao aluno mais um bicho de sete cabeças. O educando será capaz de se sentir seguro e não será necessário trapacear. Dessa forma, pode-se realmente identificar os problemas no ensino e talvez mudar a forma de abordagem. O fato é que contextualizando problemas matemáticos com situações reais, o ensino fica mais interessante e a prova objetiva torna-se menos estressante para todos os envolvidos. É claro que além das provas objetivas, deve-se enfatizar as listas de exercícios e provas discursivas de acordo com os PCN´s.


Por Franciely Guedes
Graduada em Matemática