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O imaginário da Conquista do Oeste

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Discuta em sala um dos mais importantes eventos da História dos Estados Unidos.

Encerrando os debates sobre o fim da Guerra de Secessão, muitos professores apontam que a vitória dos yankees foi de suma importância para que a conquista das terras a oeste acontecesse. Em grande medida, a expansão dos territórios norte-americanos está relacionada ao crescimento da economia dos Estados Unidos e à própria transformação daquele país em uma das mais importantes potências econômicas do mundo. Contudo, como será que os norte-americanos enxergavam tal experiência?

Para responder essa questão em sala de aula, podemos buscar nas manifestações artísticas algum indício sobre como a conquista era pensada. Nesse sentido, recomendamos que o professor faça uma breve sessão de análise e discussão do quadro “Daniel Boone acompanhando colonizadores através da Garganta Cumberland”, pintado por George Caleb Bingham, no ano de 1851. Segue um exemplar da obra:
 


Nessa análise, o professor pode iniciar o debate questionando sobre o anglo em que os colonizadores aparecem no quadro de George Caleb. Colocados em uma perspectiva frontal, o artista reforça a ideia de que os colonizadores avançam o território e nada pode impedi-los. As árvores cortadas e os animais em marcha determinam uma ideia de que eles cumprem um destino irrevogável. Afinal de contas, não podemos identificar algum elemento de oposição à ação realizada pelos personagens.

Por meio dessa perspectiva de interpretação, o professor de História pode questionar aos alunos sobre como o pintor da obra entendia o avanço para as terras a oeste. Em pouco tempo, podemos ver que alguns dos participantes ressaltarão o viés positivo que a obra confere ao processo histórico que justamente se desenrolava no século XIX. Dessa forma, podemos incorporar a interpretação de Caleb como verdade absoluta ou podemos ver isso de outra forma?

Buscando outra resposta, o professor pode encerrar essa aula requerendo uma pesquisa sobre os conflitos que marcaram tal evento. Nesse instante, os alunos terão a chance de observar um outro lado do processo histórico não exposto no quadro: a violência e o genocídio deferido contra as populações nativas que habitavam pioneiramente essas terras. Caso ache interessante, a aula pode ser encerrada com a execução e debate da canção “Run to the Hills”, da banda Iron Maiden, que fala sobre essa mesma questão.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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