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Sensibilização e interdisciplinaridade

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A percepção de onde estamos inseridos, em diversas escalas, provoca
reflexões e temas interessantes para serem trabalhados pelos professores.

A sensibilização é uma ferramenta bastante efetiva em trabalhos de Educação Ambiental. Ela permite com que vejamos as coisas sob uma perspectiva diferente, despertando para o sentimento de que estamos inseridos naquela realidade; e que, na pior das hipóteses, devemos buscar a harmonia nestas relações como uma forma de preservarmos a nós mesmos. Mesmo que esta intenção não seja revelada diretamente, muitas atividades podem atingir este propósito.

Como os PCNs sugerem que a Educação Ambiental seja trabalhada como um tema transversal, essa atividade pode ser uma excelente oportunidade de unir as disciplinas e gerar reflexões bastante ricas. Por abordar temas mais complexos, e até existenciais, pode ser interessante focar a atividade somente para o Ensino Médio.

Proponho, desta forma que, inicialmente, a atividade se inicie expondo que será feita uma “aula diferente” na qual serão projetados dois tipos de materiais e, depois, haverá discussões acerca dos temas apresentados.

Assim, primeiro deve ser projetada a imagem da rua da escola, no Google Earth, identificando a instituição. Após esta imagem, o zoom deve ser diminuído, gradativamente. O bairro, a cidade, o estado, o país e a América Latina, e logo em seguida, o planeta, poderão ser vistos.

Após este momento, é a hora de assistir o vídeo do Youtube. Indicado ao Oscar, e unindo diversas imagens, acompanhadas por um narrador, esta produção também permite muitas reflexões.

Ao fim dos dois momentos é hora de discutir o que foi visualizado. Com inúmeros aspectos a serem apontados, um dos professores da escola, no papel de moderador, poderá iniciar essa etapa perguntando o que os alunos acharam desta “viagem cósmica”, apontando o quanto o universo é grande, mas, ao mesmo tempo, coeso e inter-relacionado. Com certeza muitos pontos importantes serão revelados, sendo interessante o fato de que os alunos não estarão ali com o intuito de dar respostas prontas, que seguem um protocolo que tem como resultado final um “certo” ou “errado”.

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Como o Google Earth e o vídeo nos dão noções de escalas, sendo que este último começa por analisar o diâmetro de um bambolê, da roda de pessoas ao redor das crianças que brincam com o objeto, etc., expandindo o universo em questão; seria um aspecto para, posteriormente, ser trabalhado pelo professor de Matemática e Geografia. Por se tratar de uma produção que tem como ponto de partida a cidade de Veneza, o historiador e geógrafo poderão discorrer sobre ela, e as demais localidades que vão se expandindo. A velocidade da luz, o Sistema Solar e universo em geral; ficam para os profissionais de Física e Biologia. Este último, também pode explanar sobre microscópios, os seres invisíveis que podem ser vistos graças a esta ferramenta, e suas estruturas. Quanto à constituição das moléculas, o professor de Química terá uma excelente oportunidade didática e, com o professor de Física, abordar a constituição atômica.

Para finalizar, pode ser solicitado pelos profissionais de língua portuguesa e estrangeira, e pelo professor de Artes; representações por escrito e artísticas sobre a experiência.

O que foi dito nestes últimos parágrafos são sugestões, somente. Assim, os educadores tem a autonomia de aprofundar algum destes temas, ou mesmo apontar outros aspectos.

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola