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A música “Propaganda” e a análise do consumismo e da poluição visual

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Poluição visual provocada por cartazes publicitários
Poluição visual provocada por cartazes publicitários

Ao analisarmos o espaço urbano, constatamos a grande quantidade de elementos destinados à comunicação visual que instigam o consumismo, entre eles estão os cartazes publicitários, anúncios, banners, placas, outdoors, etc. Esses artefatos são ferramentas utilizadas pelo capitalismo para promover o consumo, fato que pode gerar a alienação da população, além de desencadear sensação de mal-estar, configurando a poluição visual.

Muitas pessoas, inclusive os estudantes, não conseguem perceber os transtornos gerados por esse bombardeio de elementos publicitários, que utilizam artifícios cada vez mais atrativos para fortalecer o modo de produção e consumo. Portanto, esse tema deve ser debatido em sala de aula de forma a despertar o senso crítico dos alunos sobre a propaganda comercial e a poluição visual gerada pela mesma.

Para isso, entregue a cada aluno uma cópia da música “Propaganda”, do grupo Nação Zumbi, em seguida, toque a canção. Outro material importante são imagens (revistas, jornais, etc.) que mostrem exemplos da poluição visual. Essa utilização de recursos audiovisuais se torna de fundamental importância no processo de ensino-aprendizagem, pois proporciona aulas mais dinâmicas, além de fornecer materiais que possam ser visualizados e analisados pelos estudantes.

Música “Propaganda”:

Comprando o que parece ser
Procurando o que parece ser
O melhor pra você
Proteja-se do que você
Proteja-se do que você vai querer

Para as poses, lentes, espelhos, retrovisores
Vendo tudo reluzente
Como pingente da vaidade
Enchendo a vista, ardendo os olhos
O poder ainda viciando cofres
Revirando bolsos
Rendendo paraísos nada artificiais
Agitando a feira das vontades
E lançando bombas de efeito imoral
Gás de pimenta para temperar a ordem
Gás de pimenta para temperar

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Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar

Como pode a propaganda ser a alma do negócio
Se esse negócio que engana não tem alma
Vendam, comprem
Você é a alma do negócio

Necessidades adquiridas na sessão da tarde
A revolução não vai passar na tv, é verdade
Sou a favor da melo do camelô, ambulante
Mas 100% antianúncio alienante

Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar

Eu vi a lua sobre a Babilônia
Brilhando mais do que as luzes da Time Square
Como foi visto no mundo de 2020
A carne só será vista num livro empoeirado na estante
Como nesse instante, eu tô tentando lhe dizer
Que é melhor viver do que sobreviver
O tempo todo atento pro otário não ser você
Você é a alma do negócio, a alma do negócio é você

Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar

Ao término da música, realize um debate com os estudantes abordando as principais mensagens sobre o consumo e a influência das propagandas nesse processo. É importante realizar analogias das figuras que caracterizam a poluição visual com a canção trabalhada.

Aborde as consequências prejudiciais da poluição visual: desfiguração da arquitetura original das cidades, cansaço visual, problemas no trânsito, transtornos psicológicos, entre outros.

É importante que durante o debate os estudantes apontem possíveis soluções para minimizar a quantidade de elementos publicitários nos centros urbanos.
 

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola