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Acompanhando a metamorfose de borboletas (ou mariposas)

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Observar o desenvolvimento de borboletas/mariposas dá maiores condições
para que os alunos compreendam, e saibam ensinar, sobre a metamorfose.

Aulas nas quais os alunos têm oportunidade de observar, ou até mesmo manusear o objeto de estudo, tendem a ser mais produtivas que aquelas nas quais há somente abordagens expositivas. Considerando tal fato, sugiro uma aula sobre desenvolvimento indireto de animais, e metamorfose; na qual tais aspectos serão contemplados.

Primeiramente, é necessário se ter uma lagarta. Caso aviste uma na própria escola, em alguma planta, pode ser interessante levar os alunos para observarem o processo de coleta, frisando que o que será feito tem o objetivo de demonstrar a eles o que acontece na natureza. Aponte também a necessidade de se recolher algumas folhas e galhos do vegetal em que o animal foi encontrado, além de um pouco de solo próximo à planta; para que o indivíduo possa se alimentar e também iniciar o processo de metamorfose de forma satisfatória.

Em um aquário, pote de vidro ou garrafa pet cortada, coloque o solo no fundo, e acrescente as folhas e os galhos. Depois, adicione a lagarta, e tampe o recipiente com filó ou material semelhante. É importante frisar que o animal deve permanecer em ambiente livre de sol, chuvas e também do ar-condicionado. Além disso, diariamente, as folhas devem ser repostas.

Após alguns dias, a lagarta para de comer, e se mantém menos ativa. Em pouco tempo, ela pode se enterrar, ou formar um casulo: momento este em que passará por severas transformações até se tornar uma borboleta (ou mariposa); e, obviamente, não deverá ser tocada. Depois de alguns dias, ela romperá o casulo e, mais tarde, já conseguirá voar.

Neste momento, após fotografar bastante o animal em sua nova conformação, una os alunos para devolvê-lo à natureza, ali no local em que a lagarta foi encontrada.

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Durante o desenvolvimento do animal em questão, incentive os alunos a, diariamente, registrar com fotografias, desenhos e confecção de frases, ou parágrafos, o que está sendo observado, e quais os procedimentos que têm sido adotados. Se possível, crie um blog, para que tais registros sejam ali postados (pode ser interessante escanear os desenhos e incluir as fotografias, e não somente as informações escritas). Peça, também, para que anotem as dúvidas, caso você não esteja presente no momento em que elas surgirem.

Após a borboleta, ou mariposa, ser solta, reúna todos os registros que foram feitos, e tenha um momento com os alunos, visando a discussão da experiência que tiveram, tirando dúvidas e também acrescentando informações relevantes. Após esse momento, sugira uma mostra para ser apresentada para toda a escola e comunidade, explorando esse tema. Pode ser necessário, e muito valioso, que os professores de Português e Artes também participem desse momento.

Considerando que é desnecessário fazer o mesmo experimento mais de uma vez, e que o material desenvolvido por vocês pode ajudar para que outras pessoas sejam informadas sem, necessariamente, fazer o experimento, pode ser interessante usar as tecnologias e a criatividade a seu favor.

Como muitos alunos, nos dias de hoje, possuem celular com câmera, peça para que, sempre que possível, façam filmagens do experimento, também acrescentando esse material no blog. Depois disso, podem fazer um vídeo, utilizando as imagens mais marcantes e com melhor resolução, e disponibilizá-lo na internet, para que muitas outras pessoas saibam mais sobre o processo de metamorfose desses insetos alados. A ajuda do professor ou técnico de informática poderá ser muito útil!

Vale lembrar que tal ideia pode ser aplicada a outras situações e temas de Ciências e Biologia.

Mãos à obra!
 

Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola