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As planárias são animais bastante curiosos devido, principalmente, à capacidade de regeneração que possuem. Seus ocelos, a boca ventral, e a sensibilidade à luz são, também, muito interessantes de se estudar. Em razão do tamanho diminuto, as planárias aquáticas nem sempre são percebidas – e, quando os alunos descobrem na aula a existência destes animais, geralmente ficam eufóricos e ávidos a conhecer de perto estes seres. Assim, uma aula prática envolvendo a observação desses pequenos animais é de grande valia.
Primeiramente, claro, será necessário coletar essas criaturinhas: possivelmente encontrará exemplares ao jogar pedaços de fígado em rio de água rasa. Caso não consiga, pode adquirir (de graça!) em lojas de aquarismo ou com aquariofilistas, uma vez que são consideradas “pragas de aquário”.
Estes animais devem ser mantidos em recipiente com água potável e alimentados com fígado bovino fresco – retirando este após 12h e limpando, em seguida, o aquário.
Para a aula prática, será necessário:
- pipetas;
- placas de petri (caso a escola não possua este material, tampas de margarina limpas podem ser utilizadas);
- estiletes;
- lupas (podem ser lupas de mão, encontradas em lojas de R$1,99);
- pincéis (para manuseio do animal);
- lanterna.
Retire, com auxílio da pipeta, 2 planárias para cada aluno (ou cada grupo), colocando-as em placa de petri contendo água potável. Peça para que um desenhe uma planária, de acordo com o que visualizou com a lupa, identificando as possíveis estruturas encontradas.
Vá a cada grupo, munido (a) de lanterna, e acenda a luz sobre os animais. Peça para que anotem, individualmente, o comportamento dos indivíduos.
Em um segundo momento, peça para que coloquem cada planária em uma placa de petri, identificada com o nome do grupo (ou aluno). Com o estilete, oriente-os a fazer um corte transversal em um indivíduo e, no outro, um corte longitudinal, dando o intervalo de uma semana para saber o que aconteceu (tenha já em mãos um indivíduo anteriormente submetido a um corte longitudinal a partir de sua porção mediana, com duas cabeças, para exemplificar o que ocorrerá na próxima semana).
Ao término desta aula, explicar o porquê destes animais se recuarem na presença de luz, elucidar acerca da regeneração (reprodução assexuada) e reforçar as estruturas destes animais de vida livre. Pedir para que acompanhem todos os dias, com auxílio das lupas, os indivíduos submetidos aos cortes e, posteriormente, solicitar relatório individual, contendo estas atividades propostas.
Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola