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Muitas vezes quando o aluno escreve “abobrinhas”, como dizem, ou expõe ideias vagas, sem conexão, a culpa não é dele!
A tarefa de escrever não é simples, ainda mais para aquele aluno que tem dificuldades de concentração. E se um ambiente de paz e segurança não for criado para a produção de texto, é praticamente impossível que resulte em algo produtivo.
A segurança é gerada a partir do momento em que o assunto é conhecido. Se o professor simplesmente coloca um tema no quadro e pede que os alunos façam um texto, provavelmente os argumentos confusos serão maioria entre as redações entregues.
Além disso, sem pelo menos discutir o assunto, a turma não terá as condições mínimas para a produção textual. A redação não pode ser punitiva e sem sentido, sem propósito!
O aluno tem que ter conhecimento sobre o fato exterior para que o internalize, tendo por base seu conhecimento prévio sobre o assunto e suas experiências, ou seja, seu mundo interior.
É muito fácil falar da era do MPB, por exemplo, dentro do contexto em que a bossa nova acontecia, pois trata-se de fatos históricos. Não que estes não devem ser citados em uma aula de redação, mas como é possível que o aluno escreva sobre algo que não experimentou na realidade? Claro, é impossível voltar no tempo, mas o professor pode colocar um vídeo sobre essa época, trazer uma música para a sala de aula, fazer um paralelo entre a MPB da década de 60 e a atual! Senão, a aula ficará monótona e os alunos se sentirão obrigados a gostar das músicas antigas e de ter os mesmos gostos dos professores ou dos pais.
Um texto mal escrito pode significar que o assunto não foi abordado como deveria em sala de aula. O professor deve ficar atendo a esse fato e usufruir de debates, desenhos, figuras, filmes, propagandas, vídeos, jornais, declaração de pessoas a respeito do assunto.
Com certeza os alunos se sentirão mais seguros ao escreverem do que sabem. Outro fato que pode acontecer é a paz em sala de aula, pois todos estarão entretidos em escrever seus textos! Há dispersão quando a turma não sabe o que escrever por desconhecer o que lhe é sugerido!
Até no vestibular o aluno tem a coletânea para se basear, para interagir com o tema geral sugerido. Além disso, as propostas de redação vêm sempre com um pequeno comentário explicativo. Assim, como é possível que na sala de aula o aluno não tenha uma prévia?
É bom refletirmos sobre essa questão!
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola