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A notícia chocante dada em agosto de 2010, de que a girafa do Zoológico de Goiânia pode ter morrido por envenenamento por chumbinho, nos leva a refletir sobre quão poderoso é este veneno, e justifica o porquê de sua venda ser restringida somente a estabelecimentos registrados, e com receituário próprio, assinado por engenheiro agrônomo.
Sólido, granulado e com coloração que varia do cinza ao preto, ele está no ranking das dez substâncias mais tóxicas do planeta. Por tal motivo, há pessoas que o utilizam para matar ratos, gatos, cães e... pessoas; já que, infelizmente, é vendido de forma ilegal. Há vários registros de óbito de crianças pela ingestão acidental, e também em casos de suicídios e homicídios – revelando que se trata de um problema de saúde pública.
Indivíduos intoxicados tendem a apresentar constrição das pupilas, falta de ar, hipotermia, lacrimejamento, salivação, além de micção e defecação intensas. Os músculos da face se contraem, há manifestação de tremores, fraqueza e, depois, paralisia. Podem ocorrer convulsões, desencadeando em insuficiência respiratória e morte, em diversos casos. Percebe, assim, o sofrimento que um indivíduo intoxicado se submete.
Existe tratamento, embora o mesmo nem sempre seja possível, dependendo da quantidade e tempo de exposição à toxina; e muitas vezes, mesmo seguindo toda a orientação médica, o chumbinho pode deixar sequelas.
Considerando o que já foi exposto, fica claro quão perigosa e danosa é esta substância. Assim, é de suma importância trabalhar esta temática com seus alunos. Os mesmos podem assumir um novo comportamento, e também auxiliar outras pessoas a assumir este caminho.
Há problema com ratos? Que tal, por exemplo, eliminar o entulho e fontes de alimento destes animais? Viu algum estabelecimento vendendo o chumbinho ilegalmente? Que tal denunciar? Fazer boas escolhas é um dos passos para exercer, de fato, a cidadania.
Vale lembrar que fracionar os grãos e usar embalagens sem proteção ou sem informações técnicas também configura crime. A pena varia de dois a quatro anos de reclusão, além de multa.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola