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No mundo contemporâneo, vemos na ascensão do modelo de desenvolvimento capitalista a instalação de um processo de descobertas e invenções nunca antes observado em toda a História humana. No caso da História, dados editoriais indicam que a produção de livros históricos no século XX superou a de todos os séculos anteriores juntos. Dessa maneira, podemos perceber que vivemos em um mar de novidades incessantes.
Por um lado, tal fato estabelece implicações positivas, onde o homem passa a empreender conquistas nunca antes observadas. No entanto, existe um outro lado dessa questão onde devemos nos preocupar em refletir sobre o destino a todas essas descobertas realizadas pela “era da tecnologia”. Para demonstrar isso aos alunos, o professor pode questionar por que a mesma ciência capaz de destruir o planeta com bombas nucleares, não encontrou a resolução de epidemias que atingem milhões.
Uma outra abordagem possível dessa questão pode salientar o problema do consumismo, que impõe às pessoas a pretensa necessidade de substituir certos bens para desfrutar das novidades oferecidas no mercado. Afinal de contas, será que todas as vezes que desejamos uma determinada coisa queremos somente obtê-las por conta de uma necessidade objetiva? Abrindo espaço para a discussão entre os alunos, o professor deve dialogar com a perspectiva defendida pelos seus alunos.
Para terminar com essa discussão, existe ainda a possibilidade de trabalho com a canção “Queremos saber”, do cantor e compositor Gilberto Gil. Nessa canção, o autor problematiza o desenvolvimento de novas tecnologias ao questionar em que medida a mesma estaria comprometida em dar melhores condições de vida aos homens. Em certo trecho da letra, reivindica nas novas descobertas quais seriam as suas “implicações na emancipação do homem”.
Dessa forma, deslocando aquela aparente função de se compreender somente o passado, o aluno pode perceber que a História também pode abarcar as questões presentes no cotidiano.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola