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As estruturas essenciais do processo educacional e a organização escolar vinculam-se em torno da importância da concepção do sujeito para resolver situações-problemas do cotidiano, que envolvem distintos graus de complexidade. São nessas situações que o aluno passará a exercitar habilidades e competências através dos conteúdos.
Para que isso aconteça é objetivo do ensino propiciar oportunidades para que aconteçam mudanças que desencadeiem desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Quando mobilizamos conhecimentos, valores e atitudes, agindo de modo pertinente na resolução de situações problemas, temos o que chamamos de competência. Quando tomamos decisão para a resolução de problemas, muitas vezes lançamos mão da improvisação e da criatividade associadas à experiência.
A escolarização é uma escolha da sociedade. A escolarização deve também se fundamentar em um conhecimento abrangente e atualizado das práticas sociais, pois a escola é reprodutora da sociedade.
Hoje em dia nós não devemos apenas aprender o “Teorema de Pitágoras”, mas devemos sobretudo além de aprender, mobilizar esse conhecimento para resolver problemas de geometria. Atualmente a sabedoria de quem ensina é enfocada na elaboração de programas com observação das práticas sociais, identificando situações com as quais os seus alunos serão confrontados. Devemos saber desenvolver estratégias para resolver conflitos, saber cooperar, saber viver com normas , saber conviver a fim de interagir na diversidade cultural.
Dentro de um processo de escolarização, há necessidade além da construção e reconstrução dos saberes, que se pretenda ao desenvolver competências e habilidades, dedicar tempo para colocá-las em prática. Os educandos constroem saberes, passam nos vestibulares, mas não conseguem mobilizar o conhecimento para aplicá-los em situações do dia a dia.
A competência para resolver uma situação problema envolve várias habilidades ao procurar e conferir informações. Ao tomarmos a decisão para a resolução do problema, agimos com improvisação alicerçada na experiência . A diferença entre competência e habilidade é determinada pelo contexto, de acordo com Guiomar Namo de Mello.
O conceito de competência está intimamente relacionado à idéia de laboralidade e aumenta a responsabilidade das instituições de ensino na organização dos currículos e das metodologias que propiciam a ampliação de capacidades como resolver problemas novos, comunicar idéias, tomar decisões.A competência é um conjunto de saberes e habilidade é um saber-fazer relacionado à prática do trabalho, mais do que mera ação motora. As habilidades são essenciais da ação, mas demandam domínio de conhecimentos.Ao educar para competências será através da contextualização e da interdisciplinaridade, com conteúdos pertinentes à realidade do aluno.
“Competência em educação é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos - como saberes, habilidades e informações - para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações”.
Referências:Philippe Perrenoud
Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos