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As ondas da vida e do conhecimento

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Primeiro foi a revolução agrícola, depois a revolução industrial, atualmente a revolução tecnológica modifica fortemente o arcabouço do conhecimento e da realidade em que vivemos.

Na primeira onda ou sociedade agrária, a principal forma de capital era a terra. Foi uma forma de criar riqueza cultivando a terra e havia necessidade de um mínimo de noção sobre o plantio e o ânimo corporal para trabalhar. Era formada de um ambiente que pouco evoluía, pois não havia televisão nem rádio em casa. As informações provinham de poucos espaços (família, igreja, escola). Na primeira onda a propriedade rural era mantenedora de empregos, caracterizada pelo domínio da agricultura.

Já na segunda onda, a forma de criar riqueza passou a ser a oficina industrial e a corretagem de bens. A fábrica passou a ser geradora de recursos econômicos e financeiros e a fundamental produtora de empregos. O conhecimento provinha dos jornais, das revistas, do rádio e da televisão. A distribuição de conceitos visuais foi vastamente disseminada. As pessoas eram capacitadas para o padrão de produção industrial estabelecido para a época.

Na terceira onda o conhecimento adota o valor do principal recurso econômico e a riqueza construída pela sociedade. Atualmente, a este conjunto de conhecimento e informações é anexado o valor aos produtos por elas produzidos mediante o aproveitamento da inteligência, e foi denominado Capital-Intelectual. É a constituição de uma nova sociedade onde a era da informática constitui um moderno estilo de vida precipitando a absorção de informação, transformando intensamente a estrutura do conhecimento e da realidade em que vivemos.

De acordo com Alvin Toffler - o analfabeto do século XXI não será aquele que não sabe ler nem escrever, mas aquele que não for capaz de aprender, desaprender e reaprender. Na terceiraonda o trabalho do homem é substituído pelas inovações tecnológicas, possibilitando o aparecimento da sociedade da informação. Vivemos um período fortemente caracterizado pela internacionalização do comércio proporcionado pela globalização. Acontece atualmente um procedimento de universalização da produção e do consumo, administrado pela direção econômica neoliberal.

O acesso à formação educacional atualmente é mais complicado, pois não temos tantas certezas como em outras ocasiões históricas passadas. Hoje, o papel do professor vai além da transmissão dos conteúdos, há necessidade de despertar nos alunos a capacidade de produção subjetiva para se sentir pertencendo à humanidade, buscando a igualdade real em uma sociedade capitalista, que é fundamentalmente desigual e excludente. O capitalismo e a sociedade burguesa mantêm vantagens e desigualdades e aumenta a exclusão social. Devemos batalhar pedagogicamente por uma sociedade justa, igualitária do ponto de vista real.

Aí está a identidade do verdadeiro educador nessa era do conhecimento, quando busca o papel político-pedagógico transformador, interagindo com a sociedade da informação, caracterizada pela terceira onda.
Ref: Alvin Toffler

Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

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