Faltam profissionais para lecionar Sociologia e Filosofia

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A lei que tramitou durante 11 anos no Congresso e foi sancionada no dia 2 de junho, prevendo a obrigatoriedade das disciplinas de Filosofia e Sociologia na grade curricular do Ensino Médio, pode sofrer problemas para ser implantada.

De acordo com Dilvo Ristoff, diretor de educação básica da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior), existe uma grande possibilidade de que a quantidade pífia de profissionais da área inviabilize o cumprimento da nova lei.

Segundo um estudo realizado pela própria Capes, dos 31.118 educadores que atuam lecionando Filosofia, apenas 23% têm formação específica. Para a Sociologia, os números são ainda piores: dos 20.339 profissionais, apenas 12% estão aptos a lecionar.

O problema é grave, pois para atender aos 3 anos do Ensino Médio de 24.131 escolas (públicas e privadas) seria preciso que anualmente se formassem 107.680 licenciados em cada uma das disciplinas, mas as estatísticas apontam que formam-se por ano 2.884 filósofos e 3.018 sociólogos.

Ristoff afirmou ainda que para pôr a lei em prática será preciso contratar profissionais de áreas afim como História, Ciências Sociais, Ciência Política e também os bacharéis em Sociologia.

Marla Rodrigues
Equipe Brasil Escola