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Proposta inova o modelo educacional do ensino médio

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O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) está com uma nova ação intitulada Programa Ensino Médio Nacional. O objetivo é reformular o ensino médio brasileiro através da criação de novo currículo e modelo pedagógico, além da expansão do número de vagas.

A educação atrativa e de boa qualidade pretende unir dois programas já existentes, o Brasil Profissionalizado – que incentiva a expansão de matrículas no ensino médio integrado nas redes públicas estaduais – e do Plano de Ações Articuladas (PAR). A idéia surgiu a partir do estudo feito por um grupo de técnicos do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), apresentado nesta terça-feira (16).

A proposta mostra uma concepção inovadora do ensino médio: a formação integral do aluno, estruturada na ciência, cultura e trabalho a médio e longo prazo. O estudo aponta a necessidade de uma política que atenda à diversidade e aos anseios da juventude e da população adulta que volta à escola, além de prepará-los para o mercado de trabalho.

Para começar, as ações serão baseadas na superação do dualismo entre o ensino regular e o profissional e na expansão da oferta de matrículas. De acordo com o documento, mais de 50% dos jovens de 15 a 17 anos não estão matriculados no ensino médio.

Outros pontos relatados no estudo se referem à obrigatoriedade do ensino médio e ao aumento no montante aplicado. Hoje, o investimento anual por aluno é de R$ 1,4 mil, enquanto que, para o Ministro da Educação, Fernando Haddad, o valor deveria ser de R$ 2 mil.

Institutos Federais

O Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, destacou que o novo ensino médio começa com os institutos federais de educação, ciência e tecnologia (Ifets), que já nascem com uma oferta de ensino médio diferenciada, aliada à educação profissional. A lei que cria os institutos foi aprovada na Câmara e no Senado e aguarda a sanção presidencial.

Unger propõe ainda o engajamento com o estado. Isso porque a maioria das escolas que oferecem ensino médio é estadual. “É necessário transformar as escolas e capacitar os professores, daí a importância do regime de colaboração”, acredita.

*Com informações do Ministério da Educação

Por Gabriele Alves
Equipe Brasil Escola