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Trabalhar com a noção de certo ou errado no que se refere à questão da ortografia, das normas gramaticais, é um exercício constante no cotidiano de todo educador.
Tal desempenho torna-se muito complexo em razão de o aluno ser social e fazer parte de uma estrutura sociolinguística que governa seu próprio comportamento, ou seja, ele é membro de uma entidade familiar dotada de usos e costumes (principalmente no que tange à linguagem).
Diante disso, o fato tornou-se motivo para que vários estudiosos ficassem preocupados com a maneira como a escola tem tratado a questão da variação linguística usada pelo aluno, pois a prioridade da mesma é fazer com que a variante dita padrão seja prioritária no ato comunicativo.
É evidente que quando se trata da linguagem escrita, a mesma exige a norma padrão, este fato não pode nunca deixar de ser notório. Mas ao tratarmos da fala, percebemos que há vários registros de variedades, fator decorrente da situação e do grau de espontaneidade que envolve os interlocutores no momento do discurso.
Voltando à noção de certo ou errado já mencionada anteriormente, analisar a linguagem das placas contendo propagandas, avisos e solicitações dispostas pela cidade é uma atitude bastante conveniente no intuito de fazer com que o aluno perceba a heterogeneidade dos fenômenos linguísticos.
Assim, suponhamos que ele se depare com um anúncio que possui os seguintes dizeres:
Manções JM Prestadora
Adubasão, Plantio de Gama
Limpesa de Chácara - servico de Trator |
O primeiro passo é sugerir que ele perceba a forma multifacetada que permeia o universo da linguagem, e, dessa forma, o papel do educador é de orientá-lo na questão de que não existe um “português” certo ou errado, existem sim, uma norma padrão a ser seguida e que essa irá conduzi-lo ao êxito perante a sociedade em que está inserido.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola