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A educação brasileira está passando por uma crise decorrente de diversos problemas, um deles é o despreparo do professor que resulta diretamente na qualidade do ensino.
Recentemente a UNESCO realizou uma pesquisa com a finalidade de traçar o perfil do professor brasileiro das escolas públicas e privadas.
A pesquisa analisou todos os estados da federação (27) e contou com a participação de 5.000 professores, os quais foram entrevistados. Desse total, aproximadamente 1.600 profissionais se consideram pobres.
Os baixos salários impedem que o professor tenha acesso a todas as novas tecnologias e às várias formas de cultura. Nesse sentido, a pesquisa revelou que 45% dos professores entrevistados jamais conheceram um museu ou foram somente uma vez, 40% nunca assistiu a uma peça teatral, 25% jamais foi ao cinema e por fim, em plena revolução técnico-científica-informacional, aproximadamente 60% dos professores não têm acesso à internet e não possui correio eletrônico. Em geral, a opção de lazer de grande parte dos professores entrevistados é a televisão.
Outro dado interessante apresentado na pesquisa é quanto ao número esmagador de mulheres atuando na área em relação aos homens. São 81,5% de mulheres e 18,5% de homens.
A pesquisa apontou que as faixas salariais oscilam entre dois e dez salários mínimos, dos 65,5% de professores entrevistados somente 24% ganham entre dez e vinte salários mínimos.
Diante desses dados fica evidente que a falta de valorização da profissão de professor promove uma infinidade de fatores negativos para a educação.
Como o professor pode ter acesso a lazeres diferenciados se o salário não cobre tais gastos? E no caso das tecnologias, muitas vezes o professor não tem condições de comprar um computador e quando consegue comprar não tem condições de pagar por um serviço de internet.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola