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O segundo “R”: reaproveitar - ou Feira de Trocas

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Feira de trocas: uma boa atividade no espaço escolar e que dá espaço
para que várias atividades sejam propostas e trabalhadas.

O escambo é prática antiga na nossa história - ou você acha que os homens da caverna usavam esse papelzinho que chamamos pelo nome “dinheiro”? Bem... às vezes nos esquecemos, mas isso é realmente fato – e outro fato é que as feiras de troca vem conquistando cada vez mais espaço.

Uma proposta de atividade na escola é justamente ela: a Feira de Trocas. Esta é uma prática que permite trabalhar várias questões com o aluno: desde solidariedade a consumismo; reaproveitamento e viver sustentavelmente.

Uma roupa, um sapato, um livro, Cd, bolsa, LP, brinquedo, coleções, fotografia, planta que por algum motivo, razão ou circunstância não deseja mais ou, simplesmente, deseja trocar por algo, podem ser a moeda para adquirir aquele vinil que procurava há muito tempo ou aquela camisa toda “estilosa”!

É um momento no qual o dinheiro não tem tanta (ou quase nenhuma) importância. Inclusive, algumas pessoas trocam objetos por serviços: o rapaz que desenha muito bem troca uma caricatura da pessoa por um calçado; um sapateiro que, em troca de algo que interessou, conserta o calçado de quem efetuou a troca, um estudante que corrige monografias e troca este serviço por uma camiseta e assim vai...

Nesta atividade, pode-se trabalhar a história do escambo e como se vivia antes da existência do dinheiro e o que fez este surgir; pode ser um momento de unir a escola à comunidade, promovendo um elo entre estas duas instâncias, enriquecendo a ambas; pode-se trabalhar questões como o reaproveitamento e o problema do lixo; propor atividades extracurriculares para serem apresentadas neste momento; discutir valores, como o consumismo e egoísmo; dar uma excelente aula de História/Geografia sobre o capitalismo; promover um momento no qual o aluno pode treinar habilidades, tais como argumentação e negociação; discutir acerca do quanto se gasta em termos de energia, água, etc., para que cada produto seja feito; refletir como este ato da troca permite prolongar a vida útil do que se foi trocado, uma vez que este poderia ser, simplesmente, descartado, etc.

Há vários sites contendo informações e experiências acerca da temática e há diversos enfoques a serem dados no evento (alguns já citados aqui). Muitos trabalhos como este são relatados de forma empolgante pelos participantes, que sempre esperam pela próxima edição do evento!


Por Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola

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