Desde o nascimento até a morte, o ser humano é acostumado a ouvir música. Mesmo que não tenha o hábito de ligar um som e sintonizar numa rádio ou mesmo colocar um cd para tocar, a música aparece em outras ocasiões. Ao ver televisão, por exemplo, ao fundo das falas sempre aparece uma melodia. Nos desenhos animados, os clássicos são o que dão graça aos movimentos dos personagens. Nas ruas, carros passam com o som ligado, seja com comerciais ou mesmo alguém que gosta de ouvir um som mais alto.
A música está relacionada com a vida do homem, com suas diversas formas de agir e pensar, com as manifestações culturais. Através dela podemos dançar, cantar, embalar um bebê, nos distrair, festejar e até mesmo estudar.
Em razão dessas facilidades, os professores podem levar este recurso didático para a sala de aula, através do videoclipe, uma linguagem musical bem aceita pelos jovens.
Segundo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), estes podem e devem ser utilizados nas salas de aula, com objetivos como: identificar movimentos sociais, políticos e musicais de diferentes épocas; preservação da cultura; mudanças tecnológicas; trabalhar as sensações que temos ao assisti-los; perceber as mudanças culturais das diferentes épocas, dentre vários outros.
Através dos videoclipes os alunos utilizam a imagem visual para memorizar e selecionar aquilo que mais chama sua atenção, normalmente os pontos mais importantes dos mesmos.
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Além disso, os videoclipes trazem uma mensagem subliminar em seus conteúdos, que não aparece de forma clara, pois necessitam de uma determinada maturidade ou conhecimento de alguns fatos políticos e históricos para ser compreendido, ajudando na construção do pensamento de forma indireta.
Os professores podem tomar alguns objetivos como prioritários ao trabalhar com os videoclipes, mas desde que estes estejam apropriados às faixas etárias dos alunos, como mostrar o caráter de dominação e manipulação que exercem sobre os jovens, muitas vezes impondo opiniões, modas, estilos, comportamentos, levando-os ao consumo exagerado.
Ensinar os alunos a perceberem a mensagem dos mesmos também é um importante objetivo. Primeiro descrevem as características principais da montagem, a iluminação, o cenário, o tipo de música. Após essa apreciação, discute-se então os aspectos subjetivos dos mesmos, ou seja, aquilo que chamamos de mensagem subliminar, aquilo que o produtor e o criador do vídeo pretendem transmitir, mas que não aparece de forma clara.
É bom trabalhar com os alunos os dois lados desses instrumentos de dominação cultural, pois muitos fazem apologia à sexualidade, violência, morte, brigas, uso de drogas, banditismo, etc., importantes pontos de discussão para quem está em período de formação.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola