PUBLICIDADE
O governo francês, anualmente homenageia um país através de Saison Culturelles (temporadas culturais). Este ano, o Brasil foi o país convidado para apresentar em todo o território francês, as diferentes modalidades de nossa cultura. O eixo temático da Saison aborda a diversidade cultural e a modernidade brasileira, com cerca de quatrocentos (400) espetáculos, apresentações e atividades culturais vinculadas às artes plásticas e visuais, ao cinema, à música, temas acadêmicos, sociais e econômicos, mostrando aos europeus o Brasil de hoje, misturando modernidade e tradição.
Um painel com trinta (30) metros de comprimento e 1 metro e meio de altura foi colocado na Embaixada do Brasil na França, cuja intenção foi adornar com as cores verdes e amarelas o Ano do Brasil na França. Essa ideia foi da designer brasileira Denise Zanet, que vive na França.
O Ano do Brasil na França começou em março com uma apresentação sobre o "Brasil Indígena" no museu do Grand Palais, em Paris. A exposição Brasil Indígena agrupa no Grand Palais mais de trezentas (300) peças do artesanato indígena espalhadas por dois andares e começa com uma ala de fotos do artista Arthur Omar, produto de uma série de viagens feitas a Amazônia. A exibição abriu o evento que já foi visitada por mais de 60 mil pessoas. Vários filmes de documentários exibem os índios de hoje, seus ritos e danças.
O cantor Lenine compôs uma música especial para o Ano do Brasil na França, chamada de "Brésil, Brésils" (Brasil, Brasis), uma relação à diversidade cultural brasileira. A Fotografia Brasileira do Século dezenove será apresentada no Museu d'Orsay. Na música, haverá a apresentação de cantores como Caetano Veloso e Daniela Mercury e envolvem trios elétricos na Côte d'Azur e na capital francesa. A Ópera de Rouen tocará músicas de Heitor Villa-Lobos. As exibições Olhos da Alma e Cores do Silêncio , artes visuais para deficientes visuais, foram prorrogadas até outubro de 2005, no Palais de la D 'ecouvérte, em Paris. O plano tem como finalidade apresentar a Arte Sensorial inclusiva e educativa no exterior.
É uma oportunidade de o Brasil se desfazer de ideias impregnadas de preconceitos e divulgar que o país não é apenas futebol, samba e carnaval, que também estão presentes na exposição, porém a mensagem proposta é a de um Brasil contemporâneo, que também cresceu com a tecnologia e globalização e significará a visão para o mundo de uma imagem nova do Brasil. Uma coleção de 150 imagens do Brasil apreendidas pelas lentes do fotógrafo brasileiro Marc Ferrez, filho de franceses, será apresentada no Musée Carnavalet, em Paris, a partir de outubro, que certamente irá ajudar muito no desvendamento do Brasil e no aparecimento dos interesses para certas atividades do país.
A troca cultural é primordialmente o intento do Ano do Brasil na França, através da ideia de um canal de divulgação das mais diversas manifestações artísticas. Porém através desse acontecimento, iniciará com certeza o estreitamento das relações políticas e econômicas entre os dois países. Há de se considerar que nos quatro primeiros meses deste ano, a exportação de produtos ''made in Brazil'' para a França aumentou 13% em relação a 2004. O Ano do Brasil na França significará a abertura para o mundo de um conceito novo do Brasil. Com esse evento o mundo deverá "redescobrir o Brasil”, pois devemos lembrar que França e Brasil estão unidos por intensas conexões históricas e culturais com uma fronteira comum, a Guiana Francesa.