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Em 2050, teremos de acordo com projeções do IBGE uma população idosa de 1.900 milhões de pessoas. O número de pessoas com 100 anos de idade ou mais aumentará 15 vezes, totalizando em 2050 uma população de 2,2 milhões de idosos centenários, colocando o Brasil em 6 ° lugar na classificação dos países com as maiores populações de idosos do mundo. Atualmente São Paulo tem o maior número de pessoas com 100 anos ou mais (4.457), seguido pela Bahia (2.808), Minas Gerais (2.765) e Rio de Janeiro (2.029). A população brasileira de sessenta anos ou mais apresenta taxas de crescimento oito vezes superiores às taxas de aumento da população jovem. A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90.
O desenvolvimento humano e conseqüentemente o envelhecimento traduzem a extensão da genética e da cultura. Ao longo da vida nos apropriamos de informações sobre a direção e o significado da vida e, através de um prisma adequado, podemos transformar esse conhecimento adquirido pela vivência em algo muito especial: a Sabedoria. Os indivíduos humanos estão em firme procedimento de aperfeiçoamento; interatuando entre si, com competência e apreciação sobre sua vivência.
As mulheres mais do que os homens idosos são as que mais compartilham de atividades extras, tais como: organizações e movimentos de benemerência e filantropia, cursos especiais, viagens, e até mesmo afazeres remunerados e temporários. O envelhecimento é um processo de prejuízos biológicos e sociais, que traz fragilidades distinguidas por gênero, grupo social, raças etc. Além de se preparar desde o início da vida dos brasileiros para evitar as doenças típicas da terceira idade, o sistema de saúde terá que se preparar para atender a uma população que sofra de doenças comuns entre os mais velhos.
A população idosa passou a ser protegida pelo Estatuto do Idoso, sancionado em 1º de outubro de 2003 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei traz 118 artigos que estabelecem punições para crimes contra os maiores de 60 anos e sacramentam os direitos no que diz consideração à vida, à liberdade, à saúde, à educação, à profissionalização, à previdência social, à habitação e ao transporte. O Estatuto do Idoso entrou em vigor com o propósito de garantir plena cidadania à população idosa, um embasamento para os idosos conquistarem os direitos que deles não podem ser deduzidos. Há necessidade da criação de uma cultura da terceira idade, onde aos idosos é garantido o direito de cidadão, respeitando-o como aquele que traçou, no passado, a coletividade que, no momento, favorece os mais jovens.
Há necessidade de uma atenção maior de assistência à saúde, amparo material e psicológico, que devem ser considerados na agenda dos governantes. Porém também há necessidade de encarar que a bagagem de uma boa parte da vida está descrita nos traços mais marcados, no corpo menos jovem, na pele com menos viço, e que a criança e o jovem, na verdade, nunca se foram, mas se subordinaram ao rosto maduro, corajosamente conquistado, mas que nos pertence inteiramente. Há necessidade também na terceira idade de constatar que o encanto vem da coragem de ter sobrevivido aos tempos difíceis e de ter saído deles revigorado e mais forte. Pois, o mais importante não é somente acrescentar anos a vida, mas vida com qualidade aos anos conquistados.
Ref: IBGE