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Paira no ar do cenário político do Brasil um odor de falta de patriotismo. Os que estão no poder, não o querem perder, ficam no governo por falta de humildade de reconhecer os erros e de admitir que possivelmente com outros parâmetros poderia se administrar melhor com outras diretrizes quer ideológicas ou conceituais. O que não é novidade na história da humanidade, pois o poder alicia e seduz.
O que é muito triste é admitir que o vendaval que assola o nosso país desestabilizou nossa credibilidade, maculou grupos sociais, manchou pessoas em todos os escalões políticos e civis, pelas articulações duvidosas. Infelizmente como espectadores desse teatro político sofreremos as conseqüências como se protagonistas fossemos. Somos brasileiros e muitos de nós elegemos pessoas que deveriam resolver os problemas da população. Sem falar que muitos depositaram confiança e fé nos governantes. Hoje, neste palco de atores bem preparados, constatamos um espetáculo deprimente de corrupção e de fraqueza humanas, como se um vírus estivesse deformando a personalidade e identidade dos personagens, pois a vidraça foi quebrada pela pedra. E o rombo foi enorme, pois a vidraça e a pedra pertenciam à mesma ideologia.
Dentro do quadro político, não há lugar para individualismo, nem a busca essencialmente do exercício do poder e das benesses do prestígio. Há necessidade ao se definir como homem público de ser preparado para a clareza de propósitos e ações, fundamentando suas metas no bem comum em detrimento de interesses pessoais, de mesquinhez de articulações abjetas e de conchavos desprezíveis.
Precisamos urgentemente de escolas de verdadeiros estadistas, onde o objetivo maior seria adquirir conhecimento de um nível superior de despojamento aliado a uma maturidade política voltada ao bem da nação. Uma pessoa política ao se preparar como estadista, se desapegaria de acudir primeiramente aos interesses pessoais, e em situações de colapso do seu país, poderia galgar degraus de patriotismo e saberia coexistir com a corrupção, sem se macular com a mesma, transformando-se em líderes especiais.
A orquestra política desafinou, prejudicando a sintonia, é urgente consertar e mesmo substituir os instrumentos desarticulados, para que o concerto da música desse país seja harmoniosa, límpida e cristalina e que os acordes ressoem no cenário mundial de maneira transparente e equilibrada.
Neste país grandioso, tivemos e temos grandes músicos, poetas, artistas que se evidenciaram e se evidenciam, atualmente estamos em busca da volta dos grandes estadistas, pessoas especiais, líderes com sonhos e amor pela nossa terra que tem palmeiras e onde cantam os sabiás.
Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos