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Após o término das correções chega-se à seguinte conclusão: o resultado não atendeu às expectativas almejadas por meio do trabalho docente.
O que resta agora é prosseguir com o conteúdo e aguardar as próximas avaliações... Quem sabe? Às vezes, o resultado poderá ser diferente...
Será este o procedimento ideal?
Indubitavelmente, se este for o caminho escolhido, a avaliação não terá cumprido seu verdadeiro papel e, consequentemente, o resultado será não menos que uma somatória de obstáculos com os quais o educador terá de compartilhar ao término do ano letivo.
A verdade que insiste em não “calar” é que a avaliação é concebida como algo extremamente sério e complexo e, em função disso, dependendo do que se “contabiliza”, torna-se evidente a necessidade de se repensar as metodologias aplicadas e buscar novas alternativas, visando tão somente detectar as raízes do problema, no sentido de implantar uma didática que promova a obtenção de resultados mais eficientes.
Assim sendo, mediante a ocorrência de algumas questões deixadas em branco é preciso que o educador se atente para dois aspectos envolvidos nesse processo: será que foi mesmo por falta de interesse ou será que não houve uma efetiva “decodificação” da mensagem entre os interlocutores envolvidos? Para tanto, é preciso que as questões, sejam elas quais forem, estejam expostas de forma clara e precisa, de modo a evitar possíveis falhas de interpretação.
Outro aspecto de igual importância refere-se ao fato de que, normalmente, muitos erros se revelam como sendo fruto de uma coletividade, ou seja, comuns a toda a classe. Diante de tal constatação, é altamente sugestivo que o educador promova um momento para a discussão dos erros, assim como nos revela Jussara Hoffmann, consultora de avaliação e professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS):
“Faz toda a diferença analisar as dimensões dos equívocos. Isso nos auxilia na indicação daquilo em que cada um precisa evoluir e como trabalhar para alcançar melhoras”.
Nesse sentido, uma correção com base na oralidade, tende a revelar sua eficácia, pois permite que o educador discuta acerca de alguns pontos que porventura não ficaram tão evidentes durante a exposição deste ou daquele conteúdo, como também promove espaço para questionamentos, implicando consequentemente na resolução das dúvidas que momentaneamente vierem à tona.
Com base nesses postulados, nota-se quão grande é a necessidade de o educador assumir uma postura definida frente aos resultados obtidos com sua prática metodológica, sobretudo em se tratando das avaliações formais. Desta forma, a concretização dos reais objetivos firmados somente será efetivada mediante a habilidade em saber a melhor forma de superar as dificuldades.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola