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Dentre os vários obstáculos que permeiam o cotidiano profissional de todo educador, está a incumbência de conviver com a heterogeneidade dentro da sala de aula.
E para que essa relação torne-se saudável, é necessário estabelecer vínculos afetivos de modo a promover a reciprocidade. Para isto, o educador deve dispor de habilidades que supram os entraves que inegavelmente decorrem da convivência entre seu público-alvo, procurando não fazer desses uma barreira mediante as atitudes manifestadas.
O fato reside-se na questão de que, como seres humanos, os alunos são singulares não somente no que se refere à personalidade, mas também porque são oriundos de uma convivência extraclasse, proveniente de uma vivência familiar e social.
Esta, por sua vez, exerce um papel de extrema influência diante de sua conduta. Portanto, cabe ao educador saber lidar com a situação.
A referida heterogeneidade manifesta-se de várias maneiras: existe aquele aluno apático, portador de uma baixa autoestima, como também existe aquele que, por um motivo ou outro, destaca-se de maneira negativa com o objetivo de ser o “alvo” das atenções.
Tais problemas, sejam de ordem afetiva ou cognitiva, terminam por corromper o ensino-aprendizagem, resultando numa espécie de rotulação por parte dos colegas e muitas vezes do professor.
Portanto, cabe ao educador investigar as possíveis causas deste comportamento, realizando um trabalho contínuo e sistemático no objetivo de sanar ou amenizar a dificuldade. Entre os desafios, destacam-se:
# Promover a interação entre os colegas através das dinâmicas em grupo, estimulando a boa convivência, procurando sempre respeitar as diferenças.
# Proporcionar atividades diversificadas nas quais os alunos terão a oportunidade de demonstrar suas habilidades múltiplas, ou seja, dramatização, concurso de poesias, como também procurando despertar novos talentos, como é o caso da aptidão para a música, manuseio com instrumentos musicais, dança, entre outros.
# Em relação àquele aluno inquieto, arrogante e indisciplinado, torna-se interessante elevar a autoconfiança despertando o sentimento de capacidade, fazendo com que o mesmo sinta-se útil, apto a tomar decisões perante um determinado problema apresentado na sala de aula ou no próprio colégio. Por mais que pareça complicado, um bom exemplo é elegê-lo como representante de sala.
Desta maneira, o instinto arrogante transformar-se-á em um sentimento de autonomia, contribuindo, portanto, para o bom relacionamento no ambiente escolar.
Estas são medidas que poderão contornar uma situação-problema, embora muitas vezes a mesma extrapole o âmbito de atuação por parte do professor, sendo necessária a intervenção da própria família e, se for o caso, de profissionais capacitados em lidar com o tipo de problema em questão.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola