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Unificação da Língua Portuguesa

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O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Para que isso aconteça é necessário que as duas ortografias oficiais da língua portuguesa (do Brasil e de Portugal) se unifiquem. O governo brasileiro acatou um protocolo que deverá, brevemente, originar a unificação.

No livro "A Nova Ortografia da Língua Portuguesa" são apontadas mais ou menos quarenta (40) alterações que terão que ser adicionadas ou à ortografia brasileira ou à portuguesa. No entanto, a concordância do protocolo por Portugal e Cabo Verde, é primordial, para que haja a unificação. Existe um Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa desde 1990, mas que ainda não foi praticado, porque toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, composta de oito membros necessita confirmar. Houve um início de adequação apenas em Portugal, Brasil e Cabo Verde, com adaptação de legislação a esse acordo. O português, é falado hoje por calculadamente 210 milhões de pessoas. Para compor o Projeto de Ortografia Unificada é formada uma comissão agregada pelos países de língua portuguesa. Com as modificações antecipadas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal é modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras têm a escrita modificada.

Com a unificação da língua portuguesa haverá maiores possibilidades de sua universalização e facilidade de sua aceitação em constituições internacionais.
Para a rapidez na realização do processo de reforma da língua, os chefes de Estado da CPLP determinaram, , que bastaria a confirmação do acordo por três países para que ele passasse a ser aceito pela comunidade internacional. As novas normas ortográficas farão com que os portugueses escrevam algumas palavras como no Brasil .Como por exemplo erva e úmido e não herva e húmido. Desaparecem da língua escrita, em Portugal, o "c" e o "p" nas palavras onde não é pronunciado. Exemplos: acção, acto, adopção, baptismo, óptimo, Egipto.

Com a reforma ortográfica de 1971 alguns acentos já haviam sido revogados no Brasil, porém os brasileiros terão que se acostumar com mais algumas alterações, como por exemplo: caem os circunflexos das paroxítonas terminadas em "o" duplo: abençôo, enjôo, vôo passam para abençoo, enjoo, voo, também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem", desaparece completamente o trema: lingüiça, seqüência, freqüência, qüinqüênio, passam a linguiça, sequência, frequência, quinquênio.

A escrita padronizada para todos os usuários do português foi um estandarte de Antônio Houaiss, um dos grandes homens de letras do Brasil contemporâneo, falecido em março de 1999. O filólogo Antônio Houaiss considerava importante que todos os países lusófonos tivessem uma mesma ortografia. No seu livro “ Sugestões para uma política da língua”, Antônio Houaiss defendia(1960), a essência de embasamentos comuns na variedade do português falado no Brasil e em Portugal. Países que adotam o português como idioma oficial : Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal , São Tomé e Príncipe , Timor-Leste; também 12 milhões de pessoas utilizam o português como segunda língua no mundo.

O português falado no Brasil sofreu influência das línguas indígenas, africanas e de imigrantes europeus. Porisso, existem diferenças regionais na pronúncia e no vocabulário, principalmente, no Nordeste e no Sul do país. Porém, o idioma conserva a identidade gramatical em todo o território.
Referencial: Revista Ciência Hoje

Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

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