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Em seu interior, ser professor hoje, não é nem mais fácil nem mais difícil do que era há alguns tempos atrás. É diferente. Diante dos n ovos paradigmas, novos desafios há a necessidade cada vez maior em se reavaliar a prática pedagógica e a atitude do profissional da educação. As imagens do mestre, consideravam o professor como um herdeiro do escrivão (scriba) . O professor, também foi caracterizado como o legatário do monge.
Um professor é sempre mestre de algo bastante especial. Ninguém é professor de tudo. O professor de tudo é professor de nada, assim sendo, não é professor , não é um bom professor. O bom professor, conseqüentemente, é aquele que é capaz de se responsabilizar por determinada disciplina.
É necessário, pois, que o professor esteja sempre interagindo com o que se passa no mundo e se mantenha atualizado em relação às inovações da sociedade, da cultura, da ciência, da política e da essência de vida. Para isso o professor precisa buscar definição para o que faz e propiciar novos sentidos para o fazer dos seus alunos. Procurando essa postura , deixará de ser um “lecionador" para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem.
O professor, ao buscar novos caminhos como organizador do conhecimento e da aprendizagem passa a ser um aprendiz permanente, um construtor do saber, buscando sempre planejar, organizar o currículo, pesquisar, estabelecer estratégias para resolver problemas, adotando a pedagogia problematizadora.
É sabido que, nas tentativas e tropeços um professor aprende, pois conseguindo vitórias e tolerando fracassos, é que se adquiri um saber por experiência. Esta é a chave para se ensinar com arte, com lógica, e com prazer. Experiência de vida e experiência de trabalho. A arte de ensinar está em saber ensinar o fundamental (utilizando a pedagogia do afeto), e ao fazer com dedicação, de uma maneira inesquecível, interagindo, dialogando, chega-se às experiências transformadoras. Ao distinguir o sujeito do conhecimento, reconstrói o que conhece. Devemos ter em mente que quem dá significado ao que aprendemos é o contexto. Aprende-se o que é significativo para o plano de vida da pessoa.
A postura do novo professor faz com que ele se transforme em um profissionaldoencantamento, e ao dominar aarte de reencantar, abre os olhos dos educandos para a capacidade de envolver-se e mudar.
A educação, para ser transformadora e emancipatória, precisa estar centradanavida. Ao reconhecer o aluno como sujeito de sua aprendizagem, interagimos e estabelecemos uma relação afirmativa. Essa afirmação do homem como sujeito de sua própria história, comprova que ninguém se realiza sozinho, nós nos realizamos no encontro e nas interações, e descobrimos novas formas de encantamentos e reencantamentos nas novas experiências.
Ref: Moacir Gadotti, Ensinar-e-aprender com sentido.
Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos