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Lev Vygotsky e alguns de seus conceitos

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Sob uma abordagem vygotskiana, as interações entre
os colegas e a mediação do educador fazem da escola
um local importante para o desenvolvimento da criança.


As funções psicológicas superiores, o desenvolvimento e aprendizagem e a zona de desenvolvimento proximal são conceitos que devem estar claros ao nos referirmos aos processos de ensino-aprendizagem segundo Vygotsky.

Funções psicológicas superiores se referem às experiências que são adquiridas durante a vida do sujeito, considerando este um ser que se relaciona com o mundo, sua cultura, por meio de instrumentos físicos e simbólicos. Assim, controle consciente do comportamento, atenção e lembrança voluntária, memorização ativa, pensamento abstrato, raciocínio dedutivo, capacidade de planejamento, etc., são exemplos destas funções, tipicamente e unicamente humanas, segundo Vygotsky - o precursor da psicologia moderna que considera o aspecto cultural no desenvolvimento físico e psíquico de cada indivíduo.

Quanto ao desenvolvimento e aprendizagem, Lev afirma que um está ligado ao outro, sendo que este último possibilita o despertar dos processos internos de desenvolvimento que ocorrem graças ao ambiente cultural. Para ele, o sujeito é interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo denominado mediação.

Assim, aqueles casos de indivíduos como as meninas-lobo - que cresceram sem relação com seres humanos, se comportando tais como lobos - nos permite entender este desenvolvimento ausente ou retardado ocorrido pela falta de situações propícias para o aprendizado.

Nesta relação desenvolvimento/aprendizagem surge o conceito de zona de desenvolvimento proximal, definida pelas funções que ainda não amadureceram no sujeito, mas ainda em processo de maturação, onde a interferência de outra pessoa mais capaz (ou um livro, determinada brincadeira) auxilia no processo.

Assim, a zona de desenvolvimento proximal seria a ponte entre a zona de desenvolvimento real (o que já foi consolidado, o que já se alcançou) e a zona de desenvolvimento potencial (o que aquele indivíduo tem condições de aprender), fazendo-a entrar na zona de desenvolvimento real em relação ao novo. Exemplo: aprender a escrever. A criança sabe “desenhar símbolos” que correspondem a palavras, imitando a escrita do adulto, mas sem relação com conteúdos ou informações (zona de desenvolvimento real). Trabalhar com ela a necessidade de se utilizar marcas diferentes em sua escrita, de modo a relacionar ao conteúdo memorizado (zona de desenvolvimento proximal) capacita-a a descobrir a natureza instrumental da escrita e, em seguida, assimilar os mecanismos simbólicos da escrita de sua cultura (zona de desenvolvimento proximal) que, ao serem consolidados, passam a fazer parte da zona de desenvolvimento real.

Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola

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