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Ensino Médio – Ingresso Sofrido

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Com o término do 9º ano do ensino fundamental, o estudante vive um período de grande pressão, o ingresso no ensino médio e a sua aprovação no vestibular.

Algumas escolas têm exigido médias mínimas para ingresso imediato na instituição ou que o aluno passe por provas específicas de matemática e língua portuguesa, onde o aluno deve atingir a média mínima de sete pontos.

Acontece que, se na escola em que está freqüentando, o aluno não conseguiu atingir essa meta, como poderá atingi-la em uma escola que nunca freqüentou, sem conhecer o nível de exigência da mesma, os profissionais que ali se encontram, a forma como a instituição avaliará o mesmo?

Essas atitudes têm levado jovens adolescentes a um nível elevado de estresse, prejudicando-os no ingresso ao ensino médio, pois quando não atingem a média estabelecida pela instituição, não são aceitos pelas mesmas.

Pais devem ficar atentos, pois nesse caso fica comprovado que a escola está se negando a ter maiores trabalhos com os alunos que não são tão comprometidos com os estudos ou que possuem dificuldades diante do processo de aprender, querendo em seu espaço apenas aqueles que são tidos como os melhores, com notas excelentes.

Afunilamento causado pelo vestibular – onde vão parar os alunos
que não ingressam numa universidade?

O grande interesse nessa seleção qualitativa é de propagar o nome da escola como a melhor no índice de aprovação no vestibular, porém temos que ressaltar que dentro dessas imposições, não é a escola que faz o aluno, mas o aluno que tem servido como instrumento para colocar a escola que freqüenta no ranking das melhores do país.

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E sem qualquer consideração com os estudantes, não fazem desses cidadãos criativos e críticos, mas apenas engolidores de conteúdos visando notas máximas.

Será que vale a Pena? Como forma avaliativa, será que esse aluno não merece outras possibilidades de mostrar o seu conhecimento, seu saber, suas intenções enquanto pessoa e cidadão?

Cabe aos pais avaliar esse tipo de exigência e pensar que antes de ser estudante e de “ter” que ingressar numa universidade, seu filho é um ser humano, dotado de várias potencialidades que devem ser consideradas. Além disso, perceber que a pressão exigida pelas escolas poderá prejudicar seu filho, paralisando-o no momento das provas do vestibular.

É bom lembrar ainda que acesso à educação é uma obrigação do governo, em promover políticas que dêem vagas suficientes nas universidades.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola