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Os ouvidos, além de propiciar ao indivíduo a audição, possuem a função de manter o equilíbrio.
Considerando a importância de manter a saúde auditiva, em especial, desde a fase inicial da vida, apresentamos algumas informações que são de fundamental conhecimento dos pais, com a finalidade de evitar a surdez e a deficiência auditiva e, até mesmo, de evitar que ela evolua quando já instalada na criança.
Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Otologia, aproximadamente 10% das crianças que já estão freqüentando a escola apresentam algum tipo de deficiência auditiva. De acordo com pesquisas da Organização Mundial de Saúde, apenas no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas apresentam algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 350 mil dessas apresentam perda total de audição.
Esta é uma questão preocupante que deve ser alvo de observação, principalmente dos pais, visto que esses apresentam uma relação mais íntima com o filho, sendo capaz de perceber comportamentos que são normais ou não da criança que está sendo observada.
Ressalta-se que a deficiência auditiva pode surgir desde os primeiros dias de vida do bebê e o ideal é que seja detectado o mais precoce possível, favorecendo um melhor resultado no tratamento.
Existem inúmeras maneiras de avaliar a saúde auditiva de uma criança, mas ao se tratar da detecção realizada pelos pais, orienta-se algumas atitudes, informações e maneiras de proceder em benefício da saúde auditiva de seus filhos:
• Considerado como ponto principal de partida, é preciso realizar o teste da orelhinha, logo após o nascimento do bebê. O exame é feito no berçário, com o bebê dormindo, de preferência nas primeiras 48 horas de vida, e dura entre 5 e 10 minutos. Não tem contra-indicação nem causa dor. Apesar de ser pouco realizado, esse teste é obrigatório em vários estados brasileiros;
• No intuito de descobrir possíveis deficiências auditivas, os pais devem ficar atentos à reação da criança quando exposta a certo tipo de ruído. A forma correta de se responder a um estímulo é virar o rosto para a direção de onde originou o ruído;
• Por volta de 1 ano, a criança já deve estar balbuciando, ou seja, emitindo as primeiras palavras;
• Crianças a partir de 2 anos, que não conseguem repetir frases não estão dentro dos padrões de normalidade. Sinal que algo não está bem.
• Observar se seu filho ao assistir televisão mantém o volume alto.
• Durante conversas informais observar se o tom de voz da criança ao falar é alto.
• Ter conhecimento das doenças que possa causar surdez ou a deficiência auditiva, cuidando do seu filho no caso de vir adquirir alguma delas. Por exemplo: Rubéola materna (gravidez), Caxumba, Sarampo, Meningite, entre outras.
• Parto prematuro;
• Pancada no ouvido e até mesmo a introdução de objetos no canal do mesmo.
Ao perceber em seu filho algum desses comportamentos, entre outros existentes, orienta-se procurar um médico e um fonoaudiólogo.
Tal atitude é recomendada com a finalidade de detectar possíveis problemas de audição, bem como remediar, possibilitando tomar os cuidados necessários que venham a contribuir para que seu filho possa ter uma boa saúde auditiva, evitando problemas no seu desenvolvimento, em especial na evolução da linguagem e conseqüentemente no ambiente escolar, não prejudicando o aprendizado.
Curiosidade: De todos os órgãos dos sentidos, a audição é o único que permanece em alerta 24 horas do dia.
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola