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A descolonização da África

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Continente africano após o processo da descolonização
Continente africano após o processo da descolonização

Para abordarmos o processo de descolonização da África utilizaremos como estratégia de ensino um fragmento do livro Era dos Extremos: o breve século XX: 1914/1991 do historiador Eric Hobsbawn. O fragmento dará ao professor a oportunidade de trabalhar o conceito da descolonização em sala de aula.

Segundo Hobsbawn, a “Descolonização e a revolução transformaram de modo impressionante o mapa político do globo. O número de Estados internacionalmente reconheci¬dos como independentes na Ásia quintuplicou. Na África, onde havia um em 1939, agora eram cerca de cinquenta. Mesmo nas Américas, onde a descolo¬nização no início do século XIX deixara atrás umas vinte repúblicas latinas, a de então acrescentou mais uma dúzia. Contudo, o importante nelas não era o seu número, mas seu enorme e crescente peso demográfico, e a pressão que representavam coletivamente. Essa foi a consequência de uma espantosa explosão demográfica no mundo independente após a Segunda Guerra Mundial, que mudou e continua mudando, o equilíbrio da população mundial...” 

HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914/1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 337

Ao analisarmos o texto, observaremos que vários fatores contribuíram ao longo do tempo para a derrocada do Imperialismo:

• O enfraquecimento das grandes potências imperialistas em virtude da Segunda Guerra Mundial.

• A expansão dos ideais nacionalistas, que clamavam pela emancipação e a polarização do mundo em dois blocos de poder favoráveis à descolonização.

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• A decadência econômica e política da maior parte dos países europeus, particularmente aqueles que detinham colônias na África, foi aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração.

• As sequelas da descolonização como, por exemplo, as guerras civis que surgiram em consequência de como o continente foi dividido pelas potências europeias, ao longo da corrida imperialista.

• A partilha não respeitou as características regionais, étnicas e culturais dos povos que ali já habitavam há séculos e isso motivou longos e terríveis conflitos civis.

• A partilha contribuiu para o aumento de Estados internacionalmente reconhecidos no período pós-descolonização.

• Faça uso de mapas do continente africano.

A atividade trabalhará a interpretação e a compreensão do fragmento do texto como um documento histórico em sala de aula. É um exercício relevante para que os alunos percebam a prática do historiador, ou seja, como ele trabalha, investiga e interpreta determinado tema e para que percebam também como o conhecimento histórico foi alcançado e construído.

Através desse pequeno fragmento o professor trabalhará a informação proposta e, ao mesmo tempo, caberá ao próprio desafiar, intervir, questionar e colaborar com o aluno para a construção do conhecimento de forma elaborada, organizada e crítica. Sempre lembrando ao aluno que o homem é um agente transformador do processo histórico presente.

Por Lilian Aguiar
Graduada em História
Equipe Brasil Escola