PUBLICIDADE
Em sala de aula é comum nos depararmos com alunos com dificuldades de aprendizado, principalmente em disciplinas como Matemática, Física e Química. Muitas vezes essas dificuldades se dão pela utilização de métodos de ensino inadequados para a realidade dos estudantes do séc. XXI.
Estamos vivendo na era digital, onde o acesso a novas tecnologias é cada vez mais fácil. A popularização do computador, a partir de 1981, com o primeiro computador pessoal lançado pela IBM, os primeiros computadores de interface gráfica, lançados pela Apple em 1984, e o surgimento da internet, fez da informática grande aliada no desenvolvimento da educação, onde a apresentação de recursos computacionais (softwares e internet) ajuda na compreensão, além de motivar a aprendizagem.
Cada vez mais podemos perceber que o ensino tradicional de física (quadro e giz) tem motivado cada vez menos os estudantes, que encontram dificuldade em relacionar a física com a realidade. As dificuldades de interpretação de textos e a não compreensão das ferramentas matemáticas necessárias tem sido um grande tabu, para professores do ensino médio em todo o país, principalmente nas escolas públicas.
A utilização de atividades experimentais, para o ensino de ciências, sempre foi e sempre será uma grande aliada dos professores. Juntamente com as atividades experimentais, a utilização de simulações em computador tem mostrado ser de grande eficiência no processo de ensino aprendizagem das ciências em geral e da Física em particular.
Sites como o LabVirt, da USP, trazem, de forma criativa e interessante, animações em flash que podem e devem ser utilizadas como aulas experimentais, nas diversas frentes da física e da química.
A grande necessidade de buscar novas formas de utilização do computador no ensino de física se dá, porque essa lida com conceitos abstratos, que na grande maioria das vezes não são visualizadas pelos estudantes, principalmente nos momentos iniciais do contato com a disciplina.
Se o computador não se tornar de fato uma ferramenta para o professor do século XXI, estaremos cada vez mais prolongando o ensino tradicional e deixando que alunos deixem de desenvolver suas capacidades cognitivas.
Segundo Plomp e Voogt “apesar de décadas de investigação e experiência, estamos ainda, numa fase de (re)criação das modalidades de utilização do computador na educação”, pois, ainda precisamos fazer com que professores e escolas entendam a importância da informática, não só no ensino de física, mas na educação de uma forma geral.
MORGADO, Lina, diz que é “a partir das contribuições da psicologia do desenvolvimento e da psicologia da aprendizagem que é preciso partir para um entendimento com o computador tornando-o um parceiro que providencia oportunidades de aprendizagem”.
Esse entendimento faz com que professores e alunos tornem-se cúmplices no desenvolvimento de novas metodologias de ensino. Parceria essa que se mostra de suma importância no reconhecimento das capacidades cognitivas de cada aluno, inserindo-o na realidade e facilitando a percepção de assuntos abstratos envolvidos no ensino de Física.
Por Kléber Cavalcante
Graduado em Física
Equipe Brasil Escola