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A Teoria das Situações Didáticas

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Guy Brousseau: definindo as condições
de ensino aprendizagem

A forma como as crianças aprendem, tem sido objeto de estudo por parte de importantes pessoas ligadas à área educacional. Vigotsky e Piaget deram início no séc. XX aos estudos das didáticas de ensino, que constitui os métodos e técnicas utilizadas para o ensino-aprendizagem. O construtivismo e o sociointeracionismo constituem as práticas educacionais propostas por esses célebres estudiosos, as quais fundamentalizaram toda a estrutura educacional de diversos países.

O construtivismo consiste na elaboração da construção do conhecimento interno no qual a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito. O sociointeracionismo relaciona o aprendizado ao meio social, dando ênfase ao papel do contexto histórico e cultural nos processos de desenvolvimento e aprendizagem.

A teoria das situações didáticas foi proposta pelo francês Guy Brousseau, no intuito de compreender as relações existentes entre alunos, professores e o meio onde acontece o aprendizado (sala de aula). Brousseau alega que cada conhecimento está ligado a um tipo de situação, através da interação entre duas ou mais pessoas. Nessa teoria, o aluno é tratado como um pesquisador, pois formula hipóteses, constrói modelos, conceitos, estabelece teorias, faz comparações e o principal, participa ativamente no processo de aprendizagem.

Brousseau associa sua teoria a quatro vertentes norteadoras: ação, formulação, validação e institucionalização. Veja:

Ação: momento da tomada de decisões, os saberes são colocados em prática com o objetivo de resolver os problemas propostos.

Formulação: o conhecimento implícito é transformado em explícito, as estratégias usadas são explicadas.

Validação: a estratégia apresentada precisa ser provada dentro de um determinado contexto.

Institucionalização: ocorre a validação da atitude matemática. É um resumo de todo o processo que foi construído durante o trabalho.


Essa teoria cria uma nova visão sobre o erro, que passa a ser considerado apenas um entrave e parte da busca pela obtenção do saber. O aprendizado anterior fornece apenas a base para os novos conteúdos, portanto, o erro faz parte e não cabe ao professor julgar negativamente o aluno perante as situações errôneas.

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Por Marcos Noé
Graduado em Matemática
Equipe Brasil Escola