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Se você conhece algumas produções da seção Biologia, de nosso site, provavelmente observou que, principalmente nos textos sobre animais, há sempre um momento em que se fala sobre o status de conservação da referida espécie.
Tais informações são oriundas de uma base de dados chamada Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) das espécies ameaçadas, ou simplesmente Lista Vermelha da IUCN. Ela contém informações referentes ao risco de extinção (ou não) que espécies de todo o mundo podem estar sofrendo, incluindo também os fatores que propiciam tal fato, a sua classificação, distribuição, habitat, nicho ecológico e estratégias para a conservação.
Criada em 1963, a Lista Vermelha da IUCN é uma ferramenta muito importante no que diz respeito à redução do número de extinções de espécies. Utilizando-se de critérios bastante precisos, e graças à ação de pesquisadores, geralmente reunidos em organizações; é atribuído um dos status de conservação retratados abaixo, para cada espécie catalogada. Tal classificação é revista, geralmente, em um intervalo de tempo compreendido entre cinco e dez anos, e as estratégias para melhorar a situação são seriamente discutidas.
Not Evaluated - NE - sem avaliação:
ainda não foi avaliada pela IUCN;
Data Deficient - DD - dados insuficientes:
faltam dados, geralmente referentes à sua distribuição e/ou área de distribuição;
Least Concern - LC – risco mínimo:
geralmente se trata de espécies com populações abundantes;
Near Threatened - NT – quase ameaçada:
espécie que tem riscos em potencial de se apresentar em perigo de extinção;
Vulnerable - VU – vulnerável:
existe um risco significativo de se extinguir em estado selvagem;
Endangered - EM – em perigo:
existe um risco significantemente grande de se extinguir em estado selvagem;
Critically Endangered - CR - perigo grave / criticamente em perigo:
existe um risco extremamente grande de se extinguir em estado selvagem;
Extinct in the Wild - EW – extinta da natureza / extinta em estado selvagem:
somente encontrados indivíduos em cativeiro, cultivos ou em locais muito afastados da sua área original de distribuição;
Extinct - EX – extinta:
quando há confirmações substanciais de que o último indivíduo da espécie já morreu.
Vale lembrar que, para uma espécie assumir determinado status, na Lista Vermelha, inúmeros e minuciosos estudos são feitos, e há um período considerável entre uma avaliação e outra. Assim, por exemplo, a ararinha azul (Cyanopsitta spixii), embora se saiba que há muito tempo não se encontram indivíduos fora de cativeiro, é considerada criticamente em perigo, e não extinta da natureza, como é de se imaginar, a priori.
Utilizar a Lista Vermelha da IUCN para aprofundar e demonstrar com seriedade o tema “extinção” pode ser uma excelente ferramenta para alunos e professores de Ciências e de Biologia. Ela pode, inclusive, ser apresentada no início dos estudos sobre seres vivos e/ou de classificação biológica, tendo seu uso continuado no decorrer dos conteúdos.
Para utilizá-la, é necessário acessar este link, e conhecer o nome científico da espécie em questão. Tal tarefa não é difícil e pode, inclusive, já ser o princípio de uma atividade: conduzir os alunos a pesquisarem sobre um grupo de seres vivos, de acordo com critérios que acreditem ser interessantes; e, depois, consultarem essa base de dados.
As informações estão em inglês, mas são muito fáceis de serem compreendidas. De qualquer forma, uma alternativa pode ser desenvolver atividades em parceria com o professor de Inglês, enriquecendo a matéria.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola