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Didática diz respeito à forma, à conduta da qual o educador se utiliza no sentido de levar aos educandos a instrução, ministrada de forma a tornar seus objetivos materializados e concretizados – a eficácia do ensino e da aprendizagem.
Dessa forma, cabe a esse profissional optar por recursos que lhe trarão benefícios rumo a tal conquista e, para tal, ele precisa estar sempre em evolução, no intuito de atender não só às necessidades próprias, mas também às necessidades dos educandos, que se mostram cada vez mais evoluídos, mais exigentes. Exigentes no sentido do “novo”, ou seja, de algo que lhes possa despertar interesse no que tange ao aprendizado. Assim, partindo desse princípio, o foco principal do artigo em questão diz respeito às aulas de Redação, as quais, dependendo da postura de quem as ministra, acabam por se tornar repetitivas e enfadonhas, fato que em nada contribui para o processo didático.
Assim sendo, o ato da escrita representa um fato polêmico – dados os contratempos enfrentados pelo educador, sobretudo pela falta de habilidades e conhecimento por parte dos educandos. E, para piorar ainda mais o cenário, para alguns, este procedimento (a escrita) é considerado como um estigma, objeto de repulsa.
No sentido de fazer com que esse público-alvo reconheça a importância de uma boa redação, levando-se em consideração todos os requisitos que dela fazem parte, apontamos alguns procedimentos metodológicos para que esse processo seja desencadeado da melhor forma possível. Mediante a prática desses, os elementos da textualidade serão apreendidos – elementos imprescindíveis, sobretudo, às modalidades descritiva e narrativa.
Como passo inicial, sugere-se que a turma seja dividida em grupos (de preferência que cada grupo tenha o mesmo número de participantes). Dando prosseguimento, eis a necessidade de explanar de forma eficiente como será o trabalho, bem como os objetivos que nutrem a realização deste. Vencerá aquele grupo em que o participante conseguir realizar a tarefa em tempo hábil, visto que terá um tempo determinado para tal, sendo esse milimetricamente cronometrado. Sendo assim, vejamos:
O educador apresentará uma coletânea de vocábulos os quais não apresentam nenhuma ligação semântica (relações de significado) entre si. Assim, serão apresentados de forma aleatória a cada membro, mais ou menos assim:
O participante terá de formular frases contendo todos os vocábulos, levando em conta o tempo que a ele será destinado para tal procedimento. Assim, será chamado, de forma alternada, um membro de cada equipe, e vencerá aquela em que seu representante cumprir o que foi determinado durante o dado tempo. Caberá ao educador premiar, de acordo com sua realidade, o grupo que se sobressair, mesmo porque, agindo assim, estará despertando o espírito de competição e ao mesmo tempo motivando a turma a participar efetivamente rumo à conquista da aprendizagem.
Concluída a primeira etapa, chegou o momento de discussão, a qual permitirá que a turma tire as conclusões obtidas por meio da atividade. Dessa forma, o educador poderá, e deverá, trabalhar questões voltadas para dois elementos básicos da produção textual: a coesão e a coerência. No momento em que davam sequência às frases, será mesmo que tais elementos (coesão e coerência) prevaleceram nas ideias retratadas?
Reside nesse aspecto o principal objetivo da proposta em evidência: fazer com que os alunos despertem a criatividade de formular ideias e organizar o pensamento, lembrando que, na prática, isto é, quando redigidos, ideias e pensamentos precisam estar harmoniosamente ligados entre si, como também encadeados e dispostos de modo a formar um todo lógico, coerente.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola