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Espécies exóticas invasoras

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A jaqueira (Artocarpus integrifolia) foi introduzida em nosso país pelos portugueses,
provocando problemas ambientais significativos em certas regiões do país.

Nem sempre determinadas atitudes bem-intencionadas, visando um comportamento “ecologicamente correto”, são, de fato, positivas. Um exemplo é o ato de liberar um animal de estimação na natureza, quando por algum motivo, razão ou circunstância, não há como continuar com ele. Isso porque, primeiramente, o animal está acostumado a viver em condições diferentes das dos outros indivíduos de sua espécie, podendo não se adaptar à nova situação em que se encontra e ser presa fácil para um predador qualquer. Outro motivo é um pouco diferente: muitas espécies criadas como pets não são encontradas em nosso país (são espécies exóticas) e, por isso, existe a possibilidade de se adaptarem bem ao ambiente e não terem predadores. Logo, se encontrarem parceiros sexuais, podem se reproduzir demasiadamente, provocando sua superpopulação e, consequentemente, alterações no ambiente em que se encontram, predando espécies nativas, destruindo plantações, provocando doenças, etc.

Isso também se aplica a outros grupos de seres vivos, como plantas, que podem encontrar condições favoráveis no ambiente em que foram inseridas e provocar alterações nas populações ali existentes. Por isso, ao plantar árvores em nascentes ou reservas biológicas, por exemplo, é sempre bom saber quais as espécies típicas daquele ambiente, a fim de evitar esse tipo de problema.

Espécies exóticas são aquelas encontradas em uma determinada área geográfica a qual não pertencem. Em casos em que ocorre a superpopulação desse grupo de espécies, tal como descrito, falamos em espécies exóticas invasoras. Estas, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, IUCN, são a segunda maior causa de diminuição da biodiversidade, em todo o mundo e, dessa forma, mostram-se um problema sério.

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Diante disso, os professores de Ciências e Biologia podem trabalhar esse tema com seus alunos.
Primeiramente, é interessante que os alunos compreendam os conceitos de espécie nativa, que é aquela encontrada em seu ambiente natural, espécie exótica e espécie exótica invasora. Tal momento pode ser feito por meio de aula expositiva dialogada. Bons textos que podem ser utilizados como material de apoio são o “Galápagos, anos após a visita de Charles Darwin”, do Brasil Escola.

Depois, sugira que, em casa, pesquisem sobre o tema em diferentes fontes e levem imagens referentes às espécies encontradas. Caso a escola possua laboratório de informática, e tal ideia seja viável, a pesquisa pode ser iniciada no colégio.

Abaixo, alguns exemplos de espécies exóticas:

Caramujo gigante africano (Achatina fulica)– África
Rã-touro-gigante (Lithobates catesbeianus) – América do Norte
Pombo (Columba livia) – África
Carpa (Cyprinus carpio) – China
Tartaruga tigre d’água (Trachemys scripta elegans) – Estados Unidos
Jaqueira (Artocarpus integrifolia) - Índia

Com o material adquirido, seus alunos deverão confeccionar cartazes educativos, informando algumas das espécies invasoras pesquisadas, suas características, o que podem provocar, como evitar que espécies exóticas se tornem invasoras, etc.; de acordo com a criatividade dos alunos.

Considerando a importância do tema, tais materiais devem ser expostos na escola e, quem sabe, disponibilizados em um blog, criado com esse intuito. Se essa ideia for adotada, a página eletrônica pode conter depoimentos dos alunos, fotografias do processo de produção dos materiais educativos, dentre outros materiais; sendo uma forma de instigar as pessoas a se atentarem ao tema. Para tal, os professores de Português, Redação e Informática podem atuar em conjunto com o de Ciências/Biologia.

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola