Existe uma idade certa para se aprender o inglês?

Muitos pais ficam em dúvida sobre o ensino de inglês na escola. A maioria aceita e deseja que seus filhos aprendam uma segunda língua, mas ficam com medo e se perguntando: Será que aprender o idioma materno e a língua estrangeira ao mesmo tempo funciona? Pode haver algum tipo de complicação ou confusão mental em relação a uma das línguas no processo de aprendizagem?

Há duas vertentes sobre esse assunto: a de que a criança aprenda primeiro a língua materna e só depois comece a ter contato com a língua estrangeira, e a de que o novo linguajar comece por volta dos três anos, que corresponde ao maternal, no caso dos que já frequentam escola.

Não existe nenhum tipo de interferência negativa de uma língua sobre outra no ato da aprendizagem. Pelo contrário, o idioma estrangeiro desperta a curiosidade e instiga a criança, portanto, não representa uma ameaça à língua materna ou ao desenvolvimento da criança.

O sociointeracionismo, teoria vygotskiana na qual o indivíduo se desenvolve na medida em que se interage com o outro, é a base teórica do aprendizado de qualquer língua. Afinal, é no contato com o próximo que evoluímos nossa maneira de ser e de pensar, desde quando bebês.

Logo, o ato comunicativo verbal necessita de um interlocutor e de um ouvinte que trocam experiências mútuas, e é nestas condições que a linguagem promoverá o desenvolvimento de ambos. Mesmo que esse acréscimo cognitivo seja aos poucos, começado por tentativas de se dizer determinada palavra.

Portanto, a teoria de deixar que o aluno seja alfabetizado em sua língua de origem antes que tenha contato com a segunda língua é insólito, uma vez que o mesmo só estará sendo privado da oportunidade de adquirir conhecimento. Este fato pode até mesmo implicar em uma dificuldade futura em relação ao inglês ou outra língua estrangeira.

Portanto, se o pai tem meios de colocar a criança em uma escolinha de Inglês ou em uma escola regular que possua este recurso, vá em frente! Seu filho só terá a ganhar com esse hábito!

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola