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No passado, a Geografia como disciplina escolar era extremamente vinculada a conceitos definitivos. Devido a isso diversos materiais didáticos forneciam informações meramente descritivas que não tinham nenhuma ligação entre aspectos naturais e sociais, a preocupação do ensino era somente conhecer, ou melhor, “decorar” dados estatísticos, nome de rios, de países, capitais entre outros. Diante dessa consideração fica claro que os conteúdos adotados não tinham perspectivas críticas e sim técnicas e sem argumentação.
A Geografia Tradicional, como é conhecida entre os profissionais, valorizava os aspectos físicos enquanto que a dinâmica populacional e os fatores históricos eram quase que desprezados, além disso, existia uma nítida distinção entre Geografia Humana e Geografia Física, essa visão é um tanto equivocada e uma idéia dicotomizada. A divisão da ciência é negativa, uma vez que não é possível analisar somente a natureza, sem levar em conta a interferência constante que o homem desempenha no espaço geográfico.
Para confrontar a Geografia Tradicional surge a partir da década de 60 a Nova Geografia também conhecida de Geografia Crítica, nessa etapa as idéias são alicerçadas no marxista em que focaliza no estudo crítico da sociedade e suas relações, especialmente na análise das classes.
Hoje é preciso mesclar conceitos e correntes de pensamento do pensamento geográfico, vivemos em um mundo globalizado onde cada vez mais as informações têm fundamental importância. A geografia e o seu ensino deve ser desenvolvida de forma dinâmica para que acompanhe todos os passos de um mundo cada vez menor, essa ciência deve realizar uma leitura da entrelinhas dos fatos que ocorrem desde questões naturais até conflitos.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola