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Germinação | Sugestão Experimental

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Representação da germinação de uma dicotiledônea (feijão).

SUGESTÃO EXPERIMENTAL PARA AULAS PRÁTICAS RELACIONADAS AO PROCESSO DE GERMINAÇÃO:

A germinação é o processo inicial de crescimento e diferenciação embrionária dos organismos vegetais, a partir de uma semente ou esporo em condições propícias de desenvolvimento, ou seja, disponibilidade de água, oxigênio, temperatura adequada, e em alguns casos até mesmo a necessidade natural de indução pirogênica (através do fogo), suficiente para desencadear a quebra da latência (dormência).

A princípio, uma semente requer de umidade para amolecer e provocar o rompimento da casca, permitindo a entrada de oxigênio direcionado às células embrionárias, iniciando o fenômeno de embebição. Por meio deste, a água que penetra na semente proporciona reações metabólicas que mobilizam as reservas energéticas contidas nos cotilédones ou endosperma, disponibilizando moléculas energéticas (os carboidratos) às células.

Conforme o embrião se desenvolve, consumindo o endosperma, sua estrutura radicular emerge da semente, assumindo com o decorrer do tempo o suprimento do vegetal, absorvendo na região dos pêlos absorventes, água e sais minerais. Em seguida surgindo um caulículo, possuindo gêmulas apicais, precursoras dos primórdios foliares.

À medida que as folhas se formam, e passam a realizar fotossíntese, a reserva energética se esgota, com regressão do cotilédone.

A germinação das angiospermas (monocotiledôneas e dicotiledôneas, milho e feijão respectivamente) pode ser classificada de acordo com a posição do cotilédone em relação ao nível do substrato (solo), sendo:

Epígea → quando o cotilédone, inserido ao caulículo, volta-se para fora do solo; 
Hipógea → quando o cotilédone, também preso ao caulículo, permanece sob o solo (enterrado).

EXPERIMENTO

Materiais: 40 copos descartáveis, agulhas, tesoura, quatro caixas de sapato, um pouco de terra do próprio jardim da escola, algodão suficiente para encher pelo menos 10 copos, 40 grãos de feijão e a mesma quantidade de milho.

Procedimentos: O professor deverá dividir o total de alunos da turma, em quatro grupos:

- O primeiro irá plantar sementes de monocotilédones (milho) envolvidas em algodão;

- O segundo irá plantar sementes de milho, diretamente na terra;

- O terceiro será responsável por plantar sementes de dicotiledôneas (feijão) no algodão;

- E o quarto grupo será responsável por plantar sementes de feijão, envolvidas na terra.

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Mediante orientação do professor, os alunos deverão perfurar o fundo dos vinte copos, utilizando agulha, sendo dez copos por grupo. A perfuração da base dos copos evitará acúmulo de água, quando necessário regar. Isso indica a importância da água na germinação, que no experimento deverá apenas umidificar tanto o algodão quanto a terra, ambos contidos nos copos.

Após o plantio, cada grupo deverá colocar cinco dos exemplares devidamente plantados, em ambiente aberto e iluminado.

Os demais copos, os cinco restantes, acondicionados dentro da caixa pertencente a seu grupo.

É importante que seja efetuada uma abertura (2cm de diâmetro), em uma das laterais da caixa. Não mexendo na posição dos copos depois de colocados no interior das caixas. A interface da caixa contendo a abertura deverá ficar voltada para um ambiente iluminado.

Observação: Cada unidade experimental deverá ser supervisionada diariamente por todos os alunos, observando as etapas de desenvolvimento das sementes e da plântula (planta jovem). Não se esquecendo de regar (com pouca água), o algodão e a terra.

Objetivo: Que os alunos conheçam o princípio do ciclo de vida de uma planta (a germinação), e a necessidade de elementos fundamentais em seu crescimento (água, nutrientes, luz).

Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola