PUBLICIDADE
O cotidiano da criança pode ser uma excelente fonte de compreensão das diferenças históricas. Para isso, podemos propor uma interessante investigação que demonstra, no caso, a historicidade de nossos hábitos alimentares. Para isso, o professor pode primeiramente exibir algum tipo de matéria que trate dos problemas alimentares dos dias de hoje. Entre diferentes temas, o docente pode apresentar algumas reportagens falando de problemas como a anorexia e a bulimia.
Depois de salientar de que maneira o tema é causa de preocupação na atualidade, os alunos podem ser convocados para realizar uma investigação de seus familiares. Elaborando um simples questionário de perguntas, o aluno terá como missão registrar quais alimentos e onde seus entrevistados costumavam se alimentar durante a infância. Com o auxílio do professor de ciências, os alunos podem distinguir qual dieta era mais saudável.
Com o cardápio já pronto, os alunos podem levantar quais foram os motivos que levavam seus pais a ingerirem determinados alimentos que são ausentes na dieta dos próprios alunos. Para incentivar essa pesquisa o professor pode relatar, por exemplo, por quais razões o pequi passou a integrar o cardápio das populações do Centro-oeste e Nordeste do Brasil.
Em breve explicação, o professor explica sobre a dificuldade que os primeiros bandeirantes tinham em carregar o sal para as regiões interioranas do Brasil. A possibilidade de se pegar uma chuva ou o excesso de carga durante a viagem impedia o transporte de sal para os destinos buscados. Sem outras opções de tempero, esses bandeirantes cozinhavam o pequi para temperar a “papa” do arroz.
Dessa maneira, o aluno poderá contemplar as transformações que conseguem vislumbrar o processo de transformação histórica que influencia os hábitos alimentares. Investigando uma ação cotidiana, os alunos terão como perceber que a História compreende os mais variados aspectos da nossa vida cotidiana.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola