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SUGESTÃO E ORIENTAÇÃO DE AULA SOBRE AS INTERAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS
As interações biológicas podem ser didaticamente trabalhadas com ênfase aos componentes vivos e não-vivos de um ecossistema, sendo importante o professor explanar as influências intra e interespecíficas das populações envolvidas em eventos ecológicos que causam benefícios ou malefícios a um organismo ou ao grupo a que pertence, observando aspectos como:
- Reconhecer as principais relações entre os seres vivos;
- Desenvolver a observação crítica nos alunos no que se refere às interações que ocorrem entre os seres vivos na natureza;
- Salientar a importância das relações entre os seres vivos para a sobrevivência dos mesmos;
- E evidenciar a relação existente entre os organismos vivos e o meio através de exemplos.
RELAÇÕES HARMÔNICAS
Mutualismo: é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação é necessária para a sobrevivência de ambas. Um bom exemplo dessa relação é a associação de algas e fungos formando os liquens. Neste caso os fungos abrigam as algas e as mesmas alimentam os fungos.
Protocooperação: é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, elas podem viver de modo independente sem que isso possa prejudicá-las. Na natureza, um exemplo é o de mamíferos e búfalos que são aliviados de seus carrapatos por pássaros, que comem esses parasitas.
Colônias: são relações entre indivíduos da mesma espécie (isomorfas) ou de espécies diferentes (heteromorfas), ligados fisicamente entre si, ocorrendo ou não divisão de trabalho.
Com divisão de trabalho → caravela (celenterado);
Sem divisão de trabalho → agrupamento de bactérias.
Comensalismo: relação entre indivíduos de espécies diferentes, onde apenas uma delas se beneficia sem, no entanto, prejudicar ou beneficiar a outra. Nesse tipo de relação, o comensal se alimenta daquilo que é rejeitado pela outra espécie.
Trata-se de uma relação observada entre o urubu e o homem. O urubu alimenta-se dos restos deixados pelo homem em lixões e aterros.
Inquilinismo: nesta associação mantida por indivíduos de espécies diferentes, apenas uma se beneficia sem prejudicar a outra. O inquilino (espécie beneficiada) obtém abrigo ou ainda suporte no corpo da espécie não beneficiada (hospedeiro). Um exemplo desse tipo de relação é o das bromélias e orquídeas que se fixam no tronco das árvores.
Sociedade: é um tipo de relação entre indivíduos da mesma espécie, sem união física, porém caracterizada pela divisão de trabalho. As sociedades das abelhas, das formigas e dos cupins são bons exemplos deste tipo de relação.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
Competição: relação em que organismos da mesma espécie ou de espécies diferentes disputam por recursos do meio que não existem em quantidades suficientes para todos (alimento, território, reprodução, luminosidade).
Competição territorial → demarcação de área por alguns mamíferos: cães e lobos;
Competição por luminosidade → plantas de uma floresta densa para realização de fotossíntese;
Competição por alimento (nutrientes) → plantas cujas raízes atingem a mesma profundidade no solo.
Canibalismo: uma relação que envolve indivíduos da mesma espécie, onde um deles mata o outro para se alimentar.
Exemplos de canibalismo → a viúva-negra (aranha) e a fêmea do louva-a-deus, devoram o macho após a cópula (ato sexual).
Predatismo: relação mantida por indivíduos de espécies diferentes, na qual um organismo captura e mata outro para se alimentar.
Carnívoros → gavião, cascavel e onça;
Herbívoros → gafanhoto, boi e cavalo.
Parasitismo: relação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, onde uma espécie é beneficiada (o parasita) e a outra é prejudicada (o hospedeiro). Os parasitas podem viver sobre (ectoparasita) ou dentro (endoparasita) do corpo do hospedeiro.
Ectoparasita → piolho e o homem;
Endoparasita → lombriga e o homem.
Por krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola