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O júri simulado é uma ótima estratégia de ensino a ser adotada quando se trata de um assunto polêmico ou que, perceptivelmente, divide opiniões. Isso porque permite que sejam discutidos vários pontos de um mesmo tema, auxiliando no processo de construção e desconstrução de conceitos. Além disso, instiga o senso crítico, a participação e a reflexão; e convida outros professores a participarem da atividade, tal como o profissional da Língua Portuguesa.
Um júri é composto pelas seguintes pessoas:
- Juiz: responsável pelo andamento do júri, fazendo as intervenções necessárias para que tudo ocorra da forma mais organizada possível. É ele, também, quem estipula a pena, caso o réu seja culpado;
- Jurados: responsáveis por analisar os fatos expostos e, ao final, dar o veredicto (Culpado? Inocente? Vencedor?);
- Advogados de defesa: como o nome sugere, eles defendem o acusado (réu), com base em argumentos coerentes, provas e apresentação de testemunhas;
- Promotores: também chamados de advogados de acusação, buscam condenar o réu, por meio de argumentos coerentes, provas e apresentação de testemunhas;
- Testemunhas: fornecem argumentos que podem reforçar a suposta inocência do acusado, ou sua responsabilidade no caso em questão;
- Réu: o acusado, cujo ato específico é o objeto de discussão do júri. Em um júri existe também a possibilidade de não existir réu. Assim, trata-se da acusação ou da defesa de um assunto específico.
A possibilidade de se fazer clones, principalmente da espécie humana, gera controvérsias na população de forma geral e até mesmo na comunidade científica. Assim, é um bom tema a ser trabalhado em uma simulação de júri.
A sugestão é que, nessa atividade, não haja réu. No entanto, uma questão que deve ser definida é se haverá testemunhas; e também a forma com que os componentes do júri serão distribuídos entre os alunos. Considerando as atribuições do juiz, o ideal é que ele seja representado por um professor da escola.
Uma forma de realizar o réu é utilizando o tema “clonagem” como o assunto a ser discutido, uma vez que permitirá que questões mais abrangentes sejam pontuadas. Assim, os advogados de defesa apresentariam os aspectos favoráveis a ela; e os promotores, os aspectos negativos.
Como os jurados não farão esse exercício de oratória, e como, também, não há como considerar, de forma unânime e taxativa, se a clonagem é positiva ou negativa; fica a cargo desse grupo redigir um texto ou esquema sucinto, apresentando os principais pontos da discussão. Para casa, cada um, individualmente, deverá redigir o seu ponto de vista, baseado na atividade da qual participou.
As informações fornecidas pelos jurados deverão ser discutidas em sala e, ao final, a turma deverá entrar em um consenso, determinando até que ponto a clonagem pode ser um procedimento seguro, positivo; e até que ponto ela pode ser negativa e deveria ser proibida.
Outras sugestões:
Criar uma história ou levar para a sala de aula o enredo de um filme ou livro, que aborde a temática (Novela “O Clone”, filme “A Ilha” etc.).
OBSERVAÇÃO
É importante que os alunos já tenham conhecimento sobre a clonagem. Uma sugestão de leitura para ser trabalhada antes do júri é o texto “Clonagem humana”, do Brasil Escola.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola