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O ensino gramatical contextualizado e o incentivo à pesquisa

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O constante desafio do educador – apostar em metodologias eficazes
O constante desafio do educador – apostar em metodologias eficazes


Apesar do dinamismo referente às reformas educacionais, como os PCNs, por exemplo, há de se convir que um grande número de educadores ainda encontram dificuldades em se adequar aos postulados vigentes.

De modo a exemplificar tal ocorrência, ressalta-se o ensino gramatical de maneira contextualizada em detrimento à famigerada didática com base em nomenclaturas atribuídas isoladamente. Seus resquícios se devem ao fato de este procedimento ter perdurado por um longo tempo, tornando, desta forma, um tanto quanto padronizado.

Em consonância a este fator salienta-se para o fato de total relevância - a aplicação de conteúdos apoiados em uma postura metodológica estritamente tradicional, na qual o professor se sente detentor do conhecimento, e o aluno figurando-se como um mero expectador.

Todavia, pesquisas realizadas comprovam êxito no que se refere aos objetivos propostos, quando o educador assume uma postura, digamos que, de mediador. Propondo situações-problema, sugerindo pesquisas, instigando questionamentos e descobertas, enfim, fazendo com que os educandos se sintam agentes em busca de seu próprio conhecimento.

Assim sendo, torna-se extremamente plausível o reconhecimento de fatos linguísticos a partir de uma análise contextualizada, tendo em vista o aspecto funcional da língua com base nas diversas situações comunicativas.

Visando tornar prática tal assertiva, o educador poderá pautar-se em diversificados elementos gramaticais de modo a aplicá-los também, sob diversificadas propostas metodológicas. Para tal, elenca-se a seguir alguns procedimentos sugestivos:

# No que se refere aos aspectos pertinentes à linguagem jornalística, mais especificamente a notícia, torna-se altamente proveitoso determinar que os educandos analisem fatos polêmicos, ressaltando pontos pertinentes, não somente referentes à linguagem, mas estruturalmente falando. Neste caso, poderão ser enfatizados aspectos pertinentes ao lead, tais como: Onde? Quando? Por quê? Com quem? Para quem é destinada tal comunicação?;

# Outro fator são os elementos coesivos ligados a diferentes gêneros textuais: Esteticamente, qual a contribuição dos mesmos? Como se apresentaria sem a presença dos mesmos? Qual a intenção do emissor ao empregá-los? ;

# A linguagem figurada também pode ser alvo de infinitas descobertas, partindo-se da dualidade: objetividade X subjetividade, tomando como ponto de partida sua empregabilidade, analisando o instinto persuasivo na linguagem publicitária e enfatizando pressupostos ideológicos referentes à linguagem literária.


Esses e outros recursos poderão promover resultados amplamente positivos, à medida que o ensino gramatical, ao contrário de se tornar estigmatizado, seja visto como algo prazeroso com vistas à praticidade cotidiana.

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Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola