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Inúmeros estudos pedagógicos enfatizam diferentes formas de ensinar Matemática. As teorias desenvolvidas pelo estudo de Piaget abordam situações primordiais que contribuem para o ensino-aprendizagem de tal disciplina. Piaget procurou diagnosticar as fases de transição de conhecimentos, envolvendo a passagem de um conteúdo mais simples para um conteúdo mais complexo. Essas fases de transição receberam o nome de estágios, os quais se baseavam na capacidade de desenvolvimento do raciocínio lógico. A Matemática é considerada o princípio norteador de todo esse trabalho piagetiano.
Segundo Piaget, a Matemática é resultado do processo mental da criança em relação ao cotidiano, arquitetado mediante atividades de se pensar o mundo por meio da relação com objetos. Dessa forma, não podemos pensar o ensino da Matemática de acordo com o sistema tradicional de educação, caracterizado pela repetição e verbalização de conteúdos. Piaget considera o método tradicional fracassado, pois o mesmo trata a criança como um ser apático e vago. Suas ideias refletem sobre um ensino formador de um raciocínio lógico matemático que conduz à interpretação e compreensão, em detrimento da memorização.
Os critérios de Piaget sobre educação levam em consideração o desenvolvimento da Psicologia, Biologia, Medicina, Filosofia e Antropologia. Diante dessa conjuntura, o profissional da educação deve promover situações que induzam os alunos a encontrarem soluções práticas e corretas, de acordo com os níveis psicogenéticos identificados. De acordo com o cientista educacional em questão, a Matemática deve ser utilizada como um instrumento capaz de promover a interpretação dos acontecimentos que estão ao nosso redor e pelo mundo, contribuindo na formação de pessoas com níveis de conscientização quanto aos princípios de cidadania. Esse modelo de elaboração do pensamento lógico-matemático desperta nas crianças uma ação x reflexão, capaz de instruir o conhecimento sobre os diferentes estágios de inserção, onde as particularidades individuais sejam respeitadas e que todos caminhem no mesmo sentido rumo ao aprendizado.
Por Marcos Noé
Graduado em Matemática
Equipe Brasil Escola