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O imperialismo americano na periferia

Texto de Ferréz pode ser utilizado como ponto de partida para se debater a relação entre imperialismo americano e a vida nas periferias.
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O imperialismo como processo histórico exerce influência sobre populações de várias partes do mundo. Mais especificamente no século XX, o imperialismo estadunidense se fortaleceu ao ponto de, no início do século XXI, não existir no cenário geopolítico uma potência mundial que possa ser equiparada em poderio militar e econômico, expandindo seu tipo de capitalismo a quase todo o planeta.

Periferia de São Paulo

Em razão da integração mundial entre as populações causada pelo capitalismo, as ações imperialistas proporcionam consequências inclusive nas periferias das grandes cidades.

A proposta de aula que segue abaixo tem por objetivo proporcionar aos alunos conhecer as consequências do imperialismo norte-americano sobre as populações das periferias das grandes cidades brasileiras, a partir da visão de um escritor que vive na periferia de São Paulo.

A visão do autor é contundente sobre a influência estadunidense na vida das populações dessas comunidades, com um posicionamento marcadamente contrário aos efeitos do imperialismo. O objetivo é justamente utilizar um ponto de vista que assume uma posição contrária às ações dos EUA, para daí fomentar o debate entre os alunos, estimulando a capacidade de argumentação, seja ela contra ou a favor da perspectiva do autor. Advertimos ainda que os posicionamentos expressos dizem respeito apenas ao ponto de vista do autor, não sendo compartilhado pelo professor ou pelo site que hospeda esta proposta de aula, principalmente no que se refere às consequências de ações de algumas empresas apontadas no texto, sem haver uma comprovação factual e com provas concretas do que é afirmado. O objetivo é debater um assunto a partir de um texto parcial, possibilitando ao aluno ver que nem sempre há posições ponderadas, apresentando prós e contras, na veiculação de informações e conhecimentos.

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O texto de Ferréz, O Imperialismo e seu tênis, fornece interessantes elementos para se discutir o imperialismo norte-americano e a guerra do Iraque, a partir de uma linguagem popular.

A proposta é realizar uma atividade de leitura e debate. Primeiramente, distribua o texto aos alunos, realizando em seguida a leitura dele. Peça para os alunos destacarem algumas características que compõem o texto, escrevendo no quadro as indicações dos alunos. A partir daí realize um debate sobre o que é apresentado, buscando direcionar para aspectos como o contexto e o apanhado histórico realizado pelo autor, os possíveis motivos que levaram os EUA a invadirem o Iraque, o papel dos meios de comunicação na divulgação do conflito, o público ao qual o autor se dirige, e o objetivo que o autor quer alcançar com a publicação do texto.

Apesar de curto, o texto de Férez proporciona ligar as ações dos EUA ao redor do mundo, desde a Guerra do Vietnã, às novas invasões ocorridas na década de 2000. O interesse econômico do país americano é apontado como a principal causa do imperialismo, e também como fator das consequências que incidem sobre as populações das periferias, mesmo que não estivessem diretamente ligadas ao conflito.

Por fim, discuta as propostas de ação contra o imperialismo feitas pelo autor, como o boicote aos produtos norte-americanos e o incentivo à produção nacional e ao consumo do que é fabricado no país. É interessante fazer notar que o autor propõe boicote ao consumo como forma de enfraquecer o poderio bélico dos EUA. Como são medidas comumente apresentadas como ação política, ela pode servir de base para um debate sobre as posições dos alunos referente a este tipo de medida.