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Produção textual e revisão coletiva

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Quando o assunto é escrita, os alunos já se mostram desanimados e desgostosos. Parece que o pensamento “Não gosto de escrever” já surge na mente atrapalhando todo processo de aprendizagem da escrita. Os alunos não se interessam em expor suas idéias, nem tampouco compartilhá-las com o grupo. A sala está desunida, alguns pupilos escrevem, outros demoram em pegar o caderno e o lápis. E então, o que fazer diante dessa cena tão comum em sala de aula?
Uma sugestão é promover a escrita de um texto com toda a turma. Inicialmente, o educador propõe um tipo de texto: a fábula, por exemplo.

No entanto, essa aula não terá o efeito desejado se o professor não explicar, primeiramente, o que é fábula, as características desse tipo de texto: as personagens, o tempo e o espaço e também da importância do final, o qual é o momento em que a moral da história é apresentada. Para isso, o professor pode separar cerca de duas aulas para trazer livros de fábula para os alunos ou levá-los à biblioteca para que leiam. Neste último caso, o tutor deve selecionar os livros de fábula na biblioteca, para que os alunos não escolham uma literatura aleatoriamente. O educador pode ainda ler alguma história ou contá-la para a turma, pregar ou pendurar no mural da sala uma lista com os elementos da fábula, para que os educandos não se esqueçam.

Depois que os alunos tiverem familiarizados com a temática sugerida, estarão prontos para produzir uma fábula coletiva.
Então, em sala o tutor propõe a produção coletiva de uma fábula. À medida que forem narrando, o professor vai escrevendo. Uns dão sugestões de personagens, outros de tempo, de espaço, dos acontecimentos, e assim por diante. A história não pode ser muito grande, de modo que não caiba no quadro. Após a conclusão do texto, o educador chama os alunos para corrigi-lo. Primeiramente, se faz a leitura da produção textual, depois começa a revisão coletiva.

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Durante a revisão, o professor vai visualizando o que pode ser mudado, por exemplo, quando há muitas repetições de verbos, nomes de personagens ou de reprodução de expressões orais (“aí ela”, “daí ele”), o professor pode perguntar a turma o que pode ser colocado no lugar. Se há muita repetição do nome João, coloca-se “ele” no local; verbos iguais, coloca-se um sinônimo; as expressões orais poderão ser substituídas por “então”, “logo”, etc. Associado a essa análise do texto, o educador explica o uso do pronome, a importância de se conhecer mais verbos, o uso dos conectivos textuais para maior clareza, etc. Após a correção, o aluno pode corrigir no caderno tudo que sofreu alterações no quadro.


Essa aula instiga o aluno a gostar da escrita, pois ele sentirá necessidade de ver seus próprios textos escritos, nos quais poderá escolher tudo que vai escrever e como. Além disso, perceberá que ele mesmo pode produzir seu texto e revisá-lo.
Em outra aula o educador sugere a produção individual de uma fábula. Depois de escritos, o educador pode propor a troca das produções entre os colegas, para que cada um indique ao seu parceiro as partes que não entendeu, o que poderia ser retirado ou colocado, as substituições necessárias, e assim por diante.

Ao final dessa atividade a sala estará mais unida e mais à vontade a respeito do ato de escrever. Os estudantes passarão a ter outros tipos de pensamentos em relação à escrita, como: “É muito bom escrever”, “É legal escrever a própria história”, “Foi divertido escrever e corrigir”.

Sugestões de fábulas que podem ser lidas: A Lebre e a Tartaruga, A Galinha dos ovos de ouro, O Leão e o Ratinho, A Galinha Ruiva, O Velho, o Menino e o Burro.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola