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Munir-se de alguns recursos didáticos que viabilizem suas práticas pedagógicas representam um procedimento condizente à postura profissional de todo educador. Tal postura se encontra relacionada ao fato de que os educandos atualmente se mostram mais “exigentes” e, diante de tal necessidade, é preciso que haja uma constante inovação, visando, assim, à efetiva concretização do ensino e da aprendizagem por parte dessa dúbia relação – professor X aprendizes.
Nesse sentido, quando o assunto se define pelas relações semânticas estabelecidas entre as palavras, tal aspecto parece ganhar ainda mais força, visto que compreender a importância que a semântica exerce sobre a construção de nossos enunciados representa um passo primordial para a compreensão do discurso propriamente dito, não somente na qualidade de emissores, mas também na qualidade de interlocutores. Precisamos estar a par do significado que as palavras apresentam, uma vez que, agindo assim, demonstramos sinal de competência linguística e de domínio do idioma do qual fazemos uso.
Aludiremos, então, à hiperonímia e à hiponímia, haja vista que são elas as responsáveis pela relação de significado que as palavras mantêm entre si, contribuindo, de tal modo, para a construção de nosso acervo lexical (decisivo na elaboração das ideias e pensamentos). Para tanto, começar com exemplos bem práticos revelam alto grau de eficácia, como por exemplo, citar o caso da árvore genealógica, ilustrada a seguir:
O conceito de hiperonímia é retratado pela ideia de um todo, sendo que deste todo se originam outras ramificações; e a hiponímia faz referência a cada parte desse todo, ou seja, aos subconjuntos desse conjunto. Com base nisso, o educador pode mencionar que a família representa a hiperonímia; e a hiponímia, todos os seus componentes. Além disso, a música dos Titãs, intitulada “Família”, também pode ser de grande auxílio, visto que aborda esses elementos. Eis alguns fragmentos que compõem o refrão:
Família! Família!
Papai, mamãe, titia
Família! Família!
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania...
Família! Família!
Vovô, vovó, sobrinha
Família! Família!
Janta junto todo dia
Nunca perde essa mania...
[...]
Outro recurso metodológico refere-se a uma brincadeira popular e antiga – a adedonha (também conhecida em alguns estados como adedanha ou jogo do stop). Para iniciá-la, a classe poderá ser dividida em grupos, pois o intuito da brincadeira é promover uma espécie de competição. Assim, o educador sorteará uma letra qualquer e os participantes terão de relatar todas as palavras relacionadas ao mesmo campo semântico, iniciadas com tal letra. Ganhará aquele grupo que conseguir em menos tempo cumprir as tarefas que lhes forem incumbidas.
Percebe-se que, mediante uma prática lúdica, a possibilidade de aliar teoria e prática se revela como fator preponderante – processo que incidirá tão somente na efetiva apreensão dos conteúdos abordados.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras