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Na teoria do “decoreba” é muito fácil passar o aprendizado dos tempos verbais, pois é só solicitar aos alunos que memorizem as conjugações correspondentes a cada tempo verbal. No entanto, a maioria dos professores de língua portuguesa não incorpora este tipo de metodologia, uma vez que não garante aprendizado. Então, constantemente, os educadores buscam meios de ensinar sobre a temporalidade verbal sem que o aluno se martirize com horas e horas de “decoreba”.
Uma sugestão é analisar a temporalidade através de figuras. O educador mostra figuras e o aluno elabora frases ou mesmos versos a respeito das imagens ou vice-versa: faz um desenho indicando temporalidade a respeito de uma oração em um texto.
Por exemplo: o professor pega um jornal e lê para a turma uma notícia sobre o dólar e depois copia uma parte do texto no quadro. Suponhamos que a primeira oração do escrito se inicie assim: O dólar não caiu...
Então, o educador sublinha esta parte e pergunta: qual é o verbo e sua temporalidade?
Os alunos apresentarão as respostas: caiu e passado ou pretérito.
Quando isso ocorrer, o professor desenhará no quadro uma figura que corresponda à oração apresentada: um gráfico, por exemplo.
Logo, perguntará: Se o dólar não caiu, então, como ele está no presente? E como ele estava ontem? Após as respostas, o educador colocará no gráfico o índice de valorização do dólar de ontem, de hoje e o de amanhã ficará livre, já que indica ação que ainda irá acontecer.
O professor propõe que a turma sugira orações para serem colocadas abaixo do desenho, por exemplo: o dólar está estável, o dólar caiu ontem, mas hoje está estável, provavelmente não haverá mudanças no valor do dólar amanhã, etc.
Então, o educador colocará a frente, fixadas no quadro, figuras similares, contudo, que possam refletir passagem de tempo, ou vice-versa: colocar frases em que o aluno tenha que fazer desenhos relacionados às imagens sugeridas.
Por exemplo: o professor dispõe três figuras: uma menina, uma adolescente e uma idosa. O aluno formulará orações relacionando as figuras, portanto, não pode ser uma alocução para cada imagem. Vejamos como deve ser, tendo como base as gravuras sugeridas acima: Relacionando figura 1 (menina) com figura (2) adolescente e 3 (idosa): A menina era muito feliz quando criança, hoje, é uma adolescente que obedece aos pais, e provavelmente será uma senhora muito pacífica.
Essa atividade fará com que o aluno entenda a temporalidade, reflita sobre a língua e seus marcadores temporais e aprenda sobre a conjugação verbal e seu valor.
Após esse exercício, o professor pode trabalhar os tempos verbais em textos, pois o estudo da temporalidade é de suma importância para a interpretação.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola