Dentre as tantas inteligências emocionais que uma pessoa possui, a relação interpessoal é uma de grande destaque, pois é a forma como o indivíduo lida com o seu meio social, seja na família, na escola ou no trabalho.
Mas nem sempre encontramos pelo caminho pessoas que somente nos agradam, tendo aqueles que de uma forma ou outra causam sensações que não queríamos viver, afastando-nos dos mesmos.
Como a escola é um espaço social de grande número de pessoas, é normal que aconteçam os conflitos. O que não pode ser comum é o desprezo em relação aos incômodos, pois esses devem ser trabalhados a fim de tornar os sujeitos mais tolerantes com o seu próximo.
Algumas atividades podem auxiliar os alunos (ou mesmo a equipe de profissionais) a perceberem as diferenças entre as pessoas, além de mostrar que cada um deve ser respeitado e valorizado em suas características próprias.
Trabalhar com revistas é uma excelente opção para isso. Num primeiro momento pode-se propor que pesquisem diferentes pessoas e recortem as gravuras para montar um cartaz. Alguns pontos devem ser ressaltados, como: altura, peso, raça, idade, temperamento (através da expressão da pessoa), etc.
Essa atividade leva os participantes a perceberem que as diferenças entre as pessoas são muitas, e o guia da atividade deve advertir que todos merecem respeito, independente de suas características.
Leilão de coisas e sentimentos é uma brincadeira que trabalha os valores de cada sujeito. Cada integrante recebe notinhas de dinheirinho no valor aproximado de cinquenta reais. As coisas leiloadas vão sendo retiradas de um saco, onde, depois de cantadas, devem receber os lances. Os lances serão livres, mas os participantes deverão controlar suas despesas, pois o banco estará fechado, não tendo como fazer novos saques. Além disso, deve haver coerência sobre a hierarquia das coisas e seus respectivos valores. Por exemplo: amizade deve valer mais que uma bicicleta.
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Dentre as coisas leiloadas sugerimos: amizade, respeito, harmonia, amor ao próximo, solidariedade, bondade, viagem, bicicleta, dentadura, buquê de flores, automóvel, religião, esportes, etc.
Confeccionar crachás é outra forma de trabalhar o respeito ao próximo. Neles os integrantes colocam suas características principais como: nome, apelido (se tiver), o que o deixa feliz, o que o chateia, seu maior sonho.
O crachá deverá ser usado todos os dias, sendo que todos os membros do grupo devem ficar atentos para os gostos dos outros integrantes.
O mural das cores deve conter os nomes de todos os integrantes do grupo e pequenos círculos em EVA nas cores: vermelha, verde e amarelo, onde cada elemento deverá mostrar como está se sentindo, de acordo com a cor da bolinha escolhida. A cor vermelha representará “irritação e nervosismo”; o verde, “felicidade e calmaria”; o amarelo, “tristeza e chateação”.
Ao iniciar as atividades, cada integrante deverá colar ao lado do seu nome a cor que representa o seu estado de espírito naquele momento. Se no desenrolar das atividades o sentimento mudar, a pessoa deverá colar outra bolinha, de acordo com o novo sentimento, pois dessa forma todos saberão como se encontra.
O guia, ao perceber que alguém está triste, deverá questionar o grupo do que pode ser feito para alegrar aquela pessoa, fazendo com que todos reflitam sobre os sentimentos alheios e o quanto podemos ser solidários às pessoas, quando estas precisam de nós.
Todas essas atividades exercitam a capacidade de valorizar o que o outro trás consigo, que cada pessoa é diferente da outra, que os nossos sentimentos podem mudar dependendo do que vivenciamos, etc., amenizando os conflitos e melhorando as relações interpessoais entre os elementos de um mesmo grupo.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola